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Sob o Luar


O Ritos dos Fogos Sagrados de Hékate é uma celebração internacional em honra da Deusa Hékate, senhora dos Mistérios e da Magia.  Esta celebração nasceu da antologia "Hekate: Her Sacred Fires", um projecto escrito por Sorita d'Este e outros devotos de Hékate. Ao longo dos anos, após a primeira celebração em Maio de 2010, esta celebração foi traduzida em diversas línguas (actualmente já foi traduzida em mais de 25 línguas) e centenas, se não milhares, de pessoas celebram este rito tornando-o uma celebração anual na Lua Cheia de Maio.

Actualmente este rito é organizado anualmente e é facilitado por vários membros do Covenant of Hékate que dedica o seu tempo e energia para garantir que todas as informações se encontram disponíveis para que os praticantes possam aprender e participar nesta celebração anual.

O rito encontra-se disponível em Português e pode ser celebrado em grupo ou individualmente.

Recomendo, sem dúvida, a participação no Grupo de Facebook do Rite of Her Sacred Fires (em inglês) no qual podem esclarecer dúvidas sobre o ritual e até encontrar práticas e rituais abertos na vossa zona (existem vários no Brasil, recomendo sem dúvida visualizar no grupo onde se irão realizar!).

Ao final de cada ritual, todos os anos, são compiladas fotos de altares, rituais e celebrações do Mundo inteiro e é feito um vídeo que é disponibilizado no Youtube. Podem ver os vídeos dos anos anteriores através deste link e talvez tirar inspiração para a realizar do vosso próprio rito.

Para mais informações acerca da celebração do Rito dos Fogos Sagrados de Hékate devem sempre consultar a página oficial do Covenant of Hekate.
Pixabay (HNewberry)
A Carga da Deusa é um dos textos mais importantes da Wicca, foi re-escrita por Doreen Valiente (modificado do original, escrito por Gerald Gardner) em meados do século XX. Aqui apresentamo-vos a versão original em inglês escrita (conforme se encontra na página da Doreen Valiente Foundation) e fornecemos ainda um vídeo de Youtube no qual contamos com a belíssima recitação por parte da Kate West. Para saber um pouco mais da história deste texto, recomendamos este texto em inglês da Sorita d'Este: "The Charge of the Goddess – Who really wrote it?"

No final ainda tem a versão da Carga da Deusa já traduzida para português.  

Original: Charge of the Goddess © Copyright the Doreen Valiente Foundation

Listen to the words of the Great Mother, who was of old also called Artemis; Astarte; Diana; Melusine; Aphrodite; Cerridwen; Dana; Arianrhod; Isis; Bride; and by many other names.

Whenever ye have need of anything, once in a month, and better it be when the Moon be full, then ye shall assemble in some secret place and adore the spirit of me, who am Queen of all Witcheries.

There shall ye assemble, ye who are fain to learn all sorcery, yet have not yet won its deepest secrets: to these will I teach things that are yet unknown.

And ye shall be free from slavery; and as a sign that ye are really free, ye shall be naked in your rites; and ye shall dance, sing, feast, make music and love, all in my praise.

For mine is the ecstasy of the spirit and mine also is joy on earth; for my Law is Love unto all Beings.

Keep pure your highest ideal; strive ever toward it; let naught stop you or turn you aside.

For mine is the secret door which opens upon the Land of Youth; and mine is the Cup of the Wine of Life, and the Cauldron of Cerridwen, which is the Holy Grail of Immortality.

I am the Gracious Goddess, who gives the gift of joy unto the heart. Upon earth, I give the knowledge of the spirit eternal; and beyond death, I give peace, and freedom, and reunion with those who have gone before. Nor do I demand sacrifice, for behold I am the Mother of All Living, and my love is poured out upon the earth.

Hear ye the words of the Star Goddess, she in the dust of whose feet are the hosts of heaven; whose body encircleth the Universe; I, who am the beauty of the green earth, and the white Moon among the stars, and the mystery of the waters, and the heart’s desire, call unto thy soul. Arise and come unto me.

For I am the Soul of Nature, who giveth life to the universe; from me all things proceed, and unto me must all things return; and before my face, beloved of gods and mortals, thine inmost divine self shall be unfolded in the rapture of infinite joy.

Let my worship be within the heart that rejoiceth, for behold: all acts of love and pleasure are my rituals. And therefore let there be beauty and strength, power and compassion, honour and humility, mirth and reverence within you.

And thou who thinkest to seek for me, know thy seeking and yearning shall avail thee not, unless thou know this mystery: that if that which thou seekest thou findest not within thee, thou wilt never find it without thee.

For behold, I have been with thee from the beginning; and I am that which is attained at the end of desire.


Tradução em Português [Tradução Gil-Herne, 1997]: A Carga da Deusa

Ouvi as palavras da Grande Mãe, que, em tempos idos era chamada de Ártemis, Astarte, Diane, Melusina, Afrodite, Ceridwen, Dana, Arianrhod, Brígida e por muitos outros nomes:

Sempre que preciseis de algo, uma vez por mês e melhor será quando a Lua estiver cheia, então vos reunireis em algum local secreto e adorareis oespírito em Mim, eu que sou Rainha de toda a Feitiçaria.
Aí vos reunireis, vós que ansiais por aprender todos os sortilégios, porém ainda não desvendasteis seus mais profundos segredos: a esses ensinarei coisas ainda desconhecidas.
E sereis livres da escravatura, e como sinal de que sois verdadeiramente livres estareis nus em vossos ritos; e ireis dançar, cantar, festejar, fazer música e amor, tudo em minha honra.
Pois Meu é o extâse do espírito e Minha é também a alegria na terra; pois minha Lei é amor para com todos os Seres.
Mantenham puro o vosso mais elevado ideal; lutai sempre para o atingir e que nada vos detenha ou vos afaste do caminho.
Pois Minha é a porta secreta que se abre para a Terra da Juventude e Minha é a taça do vinho da vida e o Caldeirão de Cerridwen que é o Santo Graal da imortalidade.
Eu sou a Graciosa Deusa, que dá o dom da alegria ao coração. Na terra eu dou o conhecimento do eterno Espírito; e para além da morte Eu dou paz e liberdade e reencontro com os que antes se foram. Tão pouco eu exigo sacrifício, pois sabei que Eu sou a Mãe de toda a vida e o Meu amor é derramado sobre a terra.

Escutai as palavras da Deusa das Estrelas, aquela de quem a poeira dos Seus pés são as hostes dos céus, cujo corpo envolve o universo:

Eu que sou a beleza da terra verde e a branca Lua entre as estrelas e os mistérios das águas e o desejo nos corações, chamo pelo vosso espírito. Erguei-vos e vinde até Mim!
Pois Eu sou a Alma da Natureza, que dá vida ao universo; de Mim todas as coisas provêm e para Mim todas as coisas têm de retornar; e diante da Minha face, amada pelos deuses e pelos mortais, será a tua mais profunda essência arrebatada na exaltação da felicidade infinita.
Que a Minha devoção esteja no coração que rejubila, pois vêde: todos os actos de amor e prazer são Meus rituais. E assim, haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, alegria e reverência dentro de vós.

E tu que pensas em procurar-me, fica a saber que a tua busca de nada te servirá, a menos que conheças o Mistério: que se aquilo que procuras não o encontrares dentro de ti, nunca fora de ti o encontrarás.

Pois sabe que Eu tenho estado contigo desde o princípio; e Eu sou Aquilo que é atingido no fim do desejo.
Pixabay (Amber_Avalona)
Este artigo pretende ser apenas uma base de como criar um ritual simples, seguindo a estrutura tipicamente utilizada na Wicca e que pode ser adaptada a outros caminhos. Não é para ser seguido "à risca" e sem adaptações, é apenas uma orientação para quem está a começar e não sabe ao certo como criar os seus rituais, como estruturar as suas práticas. Assim sendo com este artigo iremos abordar alguns pontos essenciais na criação e organização de um ritual.

O primeiro ponto a ser abordado é o plano do ritual. Evite ir para um ritual sem ter uma estrutura definida, assim previne situações como precisar de um incenso específico para o que quer fazer e não ter, precisar de uma oração e ter-se esquecido do papel onde a tinha escrito, etc. Planeie tudo e estruture como vai decorrer o ritual. Para que é? Qual a finalidade? Qual a duração aproximada de tempo que pode dispensar para ele? Como é o espaço? Estas são perguntas importantes a serem respondidas na fase de planeamento. As invocações e frases a serem proferidas podem, ou não, ser escritas com antecedência, isto ficará ao gosto do praticante: Há quem goste de já ter tudo organizado e escrito e que prefira deixar dar asas à imaginação do momento. Faça uma lista dos instrumentos que precisa, do que vai usar, como vai ser o ritual e tenha tudo à mão. O segundo ponto está incluído no primeiro e é a escolha das correspondências: Organize quais os incensos, velas, ervas, óleos e todos os materiais que vai utilizar com base nas suas necessidades, a fase da Lua que vai escolher para realizar o ritual, a altura do dia, etc. 

De seguida é necessário, e ainda ligado ao primeiro ponto, é escolher as divindades ou entidades que iremos contactar ou, na ausência destas, estabelecer as alternativas (elementos, elementais, etc.). Recorde-se de evitar iniciar um ritual com uma divindade ou entidade que não conhece. Investigue sempre um pouco da história e mito da divindade/entidade para estar familiarizado com o que esperar. Evite, principalmente no início, misturar panteões e também Deuses cujos mitos são opostos (ex: Evite um ritual com Cronos e Zeus, afinal de contas, nos seus mitos existem conflitos entre as suas divindades e poderá gerar uma energia desagradável no ritual).

Agora vamos para a parte prática. O primeiro passo é preparar o espaço, pode fazer uma purificação ao espaço que iremos utilizar. Pode ser feito com incenso, ervas queimadas ou até com água e sal. Também pode tomar um banho de água e sal e ervas relacionadas com o ritual que está a fazer. Arrume também o seu altar, caso tenha ou vá utilizar um, e garanta que dentro do espaço mágico estão todos os ingredientes e materiais que precisa para evitar ter de "cortar" o círculo para ir buscar algo.

Após garantir que está tudo correcto e pronto pode lançar o círculo e traçar o espaço mágico. Existem imensos métodos para tratar o círculo e isto depende de cada praticante. Depois do espaço mágico estar pronto está na altura de realizar o feitiço que pretende realizar ou celebrar o rito em questão, no caso de celebrações sazonais é nesta altura que se inicia o rito em si.

Se estiver a realizar um feitiço que envolva canalizar e elevar energia (o chamado Cone de Poder, por exemplo) é após realizar as celebrações ou feitiços que pode realizar. Não se esqueça, claro, no fim de fazer o aterramento das energias (deitando-se no chão com as palmas das mãos para baixo e sentindo a sua energia voltando à Terra e recebendo outras energias também). Tenha sempre precaução ao lidar com as energias, principalmente as suas, e garanta que faz o aterramento corretamente para garantir que evita efeitos secundários como náuseas, cansaço, nervosismo, etc. devido à falta de aterramento das energias.

Por fim faça o encerramento do ritual, fechando o círculo, agradecendo a presença de todas as divindades e entidades. Desfaça o espaço que organizou e referente às velas e incensos deixe arder até ao fim, exceptuando nas situações em que o ritual que está a organizar pede especificamente que seja dado outro fim aos materiais (queimar, enterrar, colocar num rio ou mar, etc.).

Este é um planeamento muito simples e básico de um ritual para quem está a começar e não está acostumado a realizar ritos. Resumindo:

  1. Planeamento do ritual
  2. Escolha das divindades ou entidades (ou as alternativas, dependendo da prática de cada um)
  3. Preparação do espaço
  4. Traçar o círculo e dar início ao ritual
  5. Celebração/Feitiço/Parte central do ritual
  6. Levantamento e Canalização de Energia (se aplicável)
  7. Aterramento de energias (recomendável)
  8. Encerramento do ritual
E, por fim, não se esqueça de escrever no seu Livro das Sombras ou no seu registo pessoal sobre o rito realizado. Pode aproveitar o planeamento que fez para facilitar e, no fim, adicionar os seus comentários. Como correu? Quais os resultados? Como foi a sensação? O que sentiu? O que viu? etc. O apontar e guardar as suas experiências permite não só ter registos para repetir posteriormente mas também para analisar o que já foi feito, o que funcionou, o que não funcionou, etc.

E vocês, leitores? Qual o vosso método favorito para realizar rituais? Qual a estrutura que usam?

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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0