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Sob o Luar

Nome do Festival: Beltane (pronuncia-se "bel-tane") ou Dia/Noite de Maio
Data Tradicional: 1 de Maio (No Hemisfério Norte) e 31 de Outubro (No Hemisfério Sul)
Data Astrológica: Sol a 15º de Touro (HN) ou Sol a 15º de Escorpião (HS)
Etimologia: Beltane, etimologicamente, terá origem no gaelico "belo-tanos" que significava "fogo ardente" ou "fogo brilhante".
Correspondências de Cores: Vermelho, branco, rosa, amarelo e cores primaveris. 

Beltane é um dos oito festivais da Roda do Ano Wiccana e é celebrado no mês de Maio, no Hemisfério Norte. Este é o festival que assinala o pico da Primavera e o auge da fertilidade, os campos estão floridos, a Primavera já chegou e já se instalou em nosso redor, com os seus campos verdejantes, os animais em época de acasalamento e a frescura do bom tempo no ar. É também o famoso festival associado à "Wild Hunt" e ao Grande Rito, uma representação ritual (poderá ser feita com instrumentos ou de forma real) do acto sexual entre as duas divindades, como celebração da abundância e fertilidade que enche o Mundo neste momento, no pico da Primavera. Nesta celebração vemos, em algumas tradição, o foco em divindades voltadas para a Natureza como Cernunnos, Pan, Belenus, entre outros. É dado um foco, a nível da prática wiccana, à face do Deus como sendo o Deus Verde ("Green Man") e a sua existência enquanto Homem no seu auge da sua sexualidade e liberdade, representada pelas folhas verdejantes da natureza.

Beltane é a polaridade do festival de Samhain, o rito de honra aos Mortos e o momento em que o véu se torna fino, entre este reino e o Reino de Lá. Esta altura do ano, em Beltane, é também um momento de ligação aos Ancestrais mas de um ponto de vista diferente de como é feito em Samhain.. Enquanto em Samhain estamos num momento de introspecção, entrada no Inverno, e de reunião, em Beltane estamos num festival de luz e alegria, pelo que honramos os nossos Ancestrais com a celebração da fertilidade (e, em alguns casos, dando origem a novos seres que virão a nascer daqui a uns meses, no pico do Inverno, como é o caso da Deusa e do Deus). Adicionalmente as cinzas de uma fogueira de Beltane podem ser guardadas para serem utilizadas em rituais ou feitiços de fertilidade ao longo do ano!

Como celebração de fertilidade e de Primavera, grande parte das práticas associadas a este festival estão ligadas à sexualidade e à prosperidade. É nesta época que vemos os Mastros de Beltane, ou May Poles, e são feitas danças em volta do mesmo com muita alegria e boa disposição. Este é um Mastro que é erguido com diversas fitas de várias cores e flores e até folhas, à volta do qual se pode dançar, entrelaçando as fitas. Podem encontrar diversos vídeos online sobre danças à volta do Mastro de Beltane. Este Mastro representa, naturalmente, um falo e a sua ligação à fertilidade enquanto as fitas coloridas, entrelaçadas à volta do mesmo, representam a união entre o Deus e a Deusa, através da dança. Esta é uma excelente atividade para crianças e jovens, dado ser totalmente inocente e bastante divertida! Também as fogueiras são acendidas para representar o fogo dentro de nós e a paixão ardente. Em várias tradições, esta é a altura de assinalar os momentos de crescimento e prosperidade, sendo a altura para começar novos projectos e novas aventuras nos nossos caminhos. Podem ser criadas fogueiras para reunir grupos de amigos ou família para celebrar a noite de Beltane, mantendo-se acordados com jogos, brincadeiras, corridas, danças, comida, entre outros. 

A nível de alimentação e correspondências alimentares, não vou desenvolver muito dado que temos todo um artigo dedicado a esta temática no Bruxaria de Cozinha e Beltane que aconselho vivamente a lerem e tirarem algumas ideias para as vossas celebrações! 

E vocês? Como gostam de celebrar este festival? 

Crédito de Imagem: Unsplash (Almos Bechtold)

Capa do Livro
Título: Do I Have to Wear Black?: Rituals, Customs & Funerary Etiquette for Modern Pagans
Autor(es): Mortellus
Pontuação: ★★★★★
Descrição: Explore a miríade de costumes que surgiram em torno da morte e do morrer nas comunidades mágicas e pagãs. Repleto de rituais, meditações, considerações legais e profundas percepções sobre a morte como um processo espiritual, este livro pode ser usado por praticantes de magia ou compartilhado com profissionais não pagãos que apoiam os pagãos nas suas transições finais. Nessas páginas, você descobrirá mais de cinquenta rituais para funerais, memoriais e lembranças, bem como meditações para lamentar e deixar ir. Cada capítulo compartilha as crenças e rituais específicos de uma tradição distinta, incluindo Wicca Tradicional Britânica, Discordianismo, Wicca Eclética, Heathenry, Reconstrucionismo Helênico, Kemetismo, Neo-Druidismo e Thelema. Com contribuições de dez praticantes, Do I Have to Wear Black? oferece uma infinidade de ritos mágicos e explicações detalhadas em um manual prático conveniente.
Onde Comprar*: N/A
Análise: Tive a oportunidade de ler este livro numa cópia avançada, fornecida via NetGalley, em troca de uma crítica/análise honesta. 

Eu já conhecia o trabalho de Mortellus à algum tempo devido às redes sociais mas fiquei muito contente quando a Editora me deu a possibilidade de ler e analisar o livro aqui para o blogue. Este livro é fantástico. Não tenho outra palavra para descrever, é um livro que fazia muita falta nas nossas comunidades.

Infelizmente o tópico da morte é ainda um tópico tabú nas nossas comunidades e acabamos por não falar muito dele, seja dentro dos nossos grupos ou até no nosso dia a dia na sociedade. Ainda há muita vergonha e hush-hush por detrás do tópico da morte e da passagem para o pós-vida. Este livro vem desmitificar e dar recursos quanto a este assunto. O livro está dividido em temas importantes como:
  • Informações e guias sobre como os funerais modernos e a indústria funerária funciona com descrições dos métodos para processamento dos corpos, métodos de funcionamento das funerárias e dos rituais de honra típicos da nossa sociedade, os nossos direitos, como funciona os pedidos, como garantir que os nossos desejos são respeitados na norte, etc.
  • Costumes e prática funerárias em variadas tradições (tal como Wicca Tradicional, Druidismo, Wicca Eclética, Helenismo, Heathenry, Kemetismo, Thelema, etc.). Este capítulo é riquíssimo e inclui descrições e informações por parte de praticantes de cada caminho, rituais, orações e como nos comportar e agir em cerimónias funerárias de cada prática. 
  • Formas para lidar e gerir a passagem de animais de companhia, mortes prolongas, suicídios, passagem de crianças, etc. Este capitulo conta também com vários rituais, orações e formas de auxiliar as pessoas que estejam a passar por momentos complicados como estes. 
Por fim o livro tem um capítulo sobre o luto no Paganismo e a forma como o mesmo é encarado e lidado nas nossas comunidades. Ao longo de todo o livro existe informações e recursos para trabalhar nas nossas comunidades, seja enquanto membros ou enquanto Sacerdotes/Sacerdotisas dos nossos grupos. Este é um livro extremamente completo e que acho que é fulcral para iniciar tópicos de discussão acerca da morte e do luto nas nossas comunidades. 

Como Pagãos reconhecemos a importância dos ciclos da Natureza, dos ciclos das estações e do ciclo da Vida/Morte/Vida e, como tal, é importante termos a capacidade para abordar e falar da morte e da passagem e do luto de forma aberta e sincera nas nossas comunidades, seja a nível da nossa prática individual, da nossa tradição ou da tradição dos nossos amigos e companheiros de caminho, que também são importantes. Achei este livro simplesmente fantástico e recomendo-o vivamente a todos os interessados em explorar mais esta temática.

E vocês? Já leram? Que acharam? 

* Os links fornecidos pertencem a 'Affiliate Programs' e geram uma taxa de lucro ao Sob o Luar. Não existe qualquer despesa adicional para o comprador. 

Um dos principais temas que surge com as pessoas que estão interessadas em começar com o trabalho devocional a Divindades é o tema dos sinais: Como reconhecer os sinais, como saber se realmente é uma divindade ou se poderá ser uma coincidência, como ter a certeza, etc. E é exactamente isso que vamos falar hoje. Antes de começar, um recurso muito bom sobre sinais com as divindades é o video da TCS sobre o tema, é um video que costumo recomendar frequentemente. 

É normal quando começamos a lidar com divindades ou entidades recebermos sinais das mesmas: Estes podem ser sinais com mensagens, sinais para prestarmos atenção a Elas, chamados para sacerdócio, avisos ou alertas para certas situações, pedidos, etc. Existem vários motivos porque podemos estar a receber sinais, ás vezes, ainda antes de começarmos activamente a lidar com entidades ou divindades. Porém, no início, é bastante complicado conseguir distinguir o que é realmente um sinal e o que é apenas... uma coincidência. Ou um acontecimento da vida normal. Conforme formos evoluindo a nossa prática e estabelecendo a nossa relação de trabalho/devoção com as divindades, iremos começar a desenvolver esta capacidade de interpretação das coisas em nosso redor e tornar-se-à mais fácil, contudo, no início pode ser complicado. 

O que podemos fazer nestas situações, em que estamos na dúvida?

O primeiro passo quando achamos que recebemos um sinal é parar e analisar. O sinal é algo que pode acontecer muito facilmente no nosso local? Por exemplo, imaginemos que o nosso vizinho tem cães e, à noite, ouvimos cães a uivar. Será um sinal? Provavelmente não. Provavelmente será apenas os cães do vizinho. Agora numa situação em que não temos cães à volta e sabemos que nenhum vizinho tem cães e ouvimos claramente uivar de cães? Aí poderá ser um sinal. 

Um dos conselhos que dou uma vez é "Se ouvires cascos, pensa em cavalos e não em zebras". Ou seja se acontecer algo pensem primeiro na resposta mundana e só depois na mágica, porque a mundana é muito mais provável de acontecer. É necessário fazer uma triagem aos possíveis sinais para entender se será algo do nosso dia-a-dia e comum ou se será algo mesmo relacionado com um sinal. Alguém que viva à beira-mar não vai achar que uma pena de gaivota é um sinal mas alguém que vive numa montanha a kms de distância do mar provavelmente vai achar! É isso que precisamos de fazer a distinção para nos ajudar a interpretar os sinais, analisar as possibilidades e quais as probabilidades de tal evento acontecer no sítio onde estamos ou nas circunstâncias em que nos encontramos. Uma ferramenta útil neste processo é a "Post Gnosis Checklist" do Jason Miller. Recomendo vivamente darem uma olhadela nessa lista, porque acredito que ajudará nesta procura! 

Mas e quando analisamos tudo e, mesmo assim, estamos na dúvida porque é uma situação muito recorrente (mais do que o normal) ou porque é improvável mas deixa dúvidas? Nesse caso, não tenham medo de conectar com a Divindade. No Paganismo, e até na Bruxaria, as Divindades não são figuras distantes no céu completamente incontactáveis. As Divindades estão ao nosso alcance para estabelecer comunicação entre nós e Elas, por isso, numa situação em que acham que receberam um sinal mas, mesmo assim, têm dúvidas se realmente será um sinal ou não, falem com a divindade (ou, caso não saibam qual a divindade, falem no sentido da divindade que poderá estar a mandar-vos mensagem) e peçam para mandar algo mais claro. Exemplo:

"[Nome da Divindade] peço que, se realmente me estás a enviar um sinal, me envies, num prazo de 3 dias, sinais na forma de [algo específico]". 

ou 

"Se alguma divindade me está a tentar contactar via sinais, peço que envie, num prazo de 3 dias, sinais na forma do [algo específico]" 

Neste último cenário, um dos sinais específicos que podem pedir é a identidade da divindade através, por exemplo, de alguém que não esteja envolvido na Bruxaria ou Paganismo e que, pouco provavelmente, vos falaria de divindades pagãs. 

Não tenham medo de pedir às Divindades para serem mais claras ou mais óbvias, as Divindades não são más nem vingativas nem irão revoltar-se ou "castigar-vos" por pedirem sinais mais claros, pelo contrário, o facto de que estarem a querer clarificar esta comunicação entre vocês e as Divindades só demonstra um interesse e cuidado da vossa parte, ao invés de acreditarem cegamente em tudo o que acontece ao vosso redor. 

Por fim, não tenham medo se não conseguirem interpretar sinais. Há sinais que vão acontecer e vocês não vão notar e meses depois vão-se aperceber que era um sinal e que podiam ter visto mais cedo e isso é OK. É normal nem todos os sinais serem notados ou entendidos e é natural não conseguir entender ou descodificar certos sinais. Tal como é normal exactamente o oposto e não ter qualquer dificuldade na comunicação com as Divindades.

Acima de tudo recordem-se que a relação entre praticante/devoto e as Divindades é uma relação pessoal e única. A forma como vocês trabalham com uma certa divindade não será a mesma como outro praticante trabalha, ainda que a Divindade possa ser a mesma. Haverá pontos em comum, claro, principalmente a nível da forma de trabalho e oferendas e correspondências mas a própria interacção pessoal com a Divindade será diferente, tal como uma amizade com alguém é diferente. Se vocês têm dois amigos que são amigos entre eles, a relação entre eles e vocês e entre eles os dois será sempre diferente porque são dinâmicas e pessoas diferentes. No caso das Divindades ocorre exactamente da mesma forma. 

Não tenham medo de explorar a dinâmica com a Divindade com a qual se identificam ou com a qual trabalham. Recomendo também a leitura do nosso texto sobre Como Começar a Devoção aos Deuses. 

E vocês? Alguns conselhos para os nossos leitores? 

Crédito de Imagem: Unsplash (Sreenivas)

Hoje vamos voltar à nossa série sobre Runas e vamos falar como podemos criar as nossas próprias runas. As runas são um método divinatório, como vimos anteriormente, e podem ser compradas em qualquer loja esotérica ou mística, estando inclusive disponível online em vários sites. Contudo, muitos praticantes optam por criar os seus próprios sets de runas. Não só é mais barato do que comprar um conjunto numa loja mas também permite ao praticante ter uma ligação directa com o seu conjunto de runas, dado que desde a criação até à sua utilização, tudo passou pelas mãos da mesma pessoa. Os conjuntos de runas podem ser feitos de vários tipos de materiais como madeira, cristais, pedra, papel, barro, cartão, metal, etc. A imaginação é, literalmente, o limite. 

Muitos praticantes optam por (tal como mostra a foto) adquirir pequenos pedaços de madeira, de tamanhos parecidos, e desenhar ou gravar os símbolos de cada runa em cada pedaço de madeira. Isto pode ser feito com madeira já cortada, comprada de uma loja, ou pode ser feito com madeira cortada pelo praticante de ramos colhidos na natureza. Recordamos que quando colherem ramos da Natureza devem garantir que têm autorização do proprietário das terras em questão e, acima de tudo, que têm de autorização da planta (caso seja madeira viva) e deixem sempre oferendas ou algum tipo de agradecimento (pode ser água ou comida para os animais locais) pela madeira que vos foi dada. A forma como pretendem posteriormente decorar os pedaços de madeira irá depender do gosto de cada um: Pintado, cravado, pirogravado, etc. 

Outra forma de criar as próprias runas é, por exemplo, com pedras de um riacho ou da praia. Isto é principalmente bom para quem tem uma prática com muita influência marítima e gosta de trabalhar junto do mar ou com as energias do mar (ou do rio!). Para isso basta recolher algumas pedras, preferencialmente que tenham estado recentemente ou estejam em contacto com a água do corpo de água onde estamos a recolher, e tentar garantir que as mesmas são sensivelmente do mesmo tamanho/forma e polidas ou, pelo menos, com espaço onde possa ser feito o desenho da runa. Depois é necessário limpar as pedras e desenhar o símbolo. Nas pedras o símbolo pode ser pintado com tinta e envernizado ou pode ser apenas pintado directamente com tinta permanente. Podem também ser gravado, se tiverem experiência e os equipamentos necessários, para efetuar gravação em rocha (este tipo de gravação NÃO deve ser feito sem as necessárias precauções e conhecimentos técnicos dado que é bastante perigoso). 

Também o barro é uma forma bastante interessante de criar runas! Existe barro que necessita de ir ao forno e existe barro que não precisa, ambos podem ser utilizados para criar runas. Para isso basta apenas moldar o barro em formato das peças de runa, do tamanho que preferirem. Depois ou marcam o símbolo da runa antes de levar ao forno/deixar repousar ou, se quiserem, podem posteriormente pintar o símbolo na runa. Fica verdadeiramente ao critério de cada praticante como preferem fazer a parte da decoração das runas. Quanto á cor, fica também à preferência de cada um. Podem usar barro normal, barro colorido, combinações de cores, etc. Aconselho, neste método, a estudar um pouco sobre cada runa e se quiserem tentar personalizar cada uma às características e cores associadas, poderá dar um aspecto diferente ao conjunto. 

Como falei no início existem mil e uma formas de criar os próprios conjuntos de runas e, infelizmente, não temos espaço para falar de todas elas. Estas três são as formas mais fáceis e acessíveis para criar os vossos próprios sets mas a liberdade é toda vossa e não tenham medo de adaptar e criar aquilo que vos chama mais ou que vos parece mais prático para a vossa prática pessoal. Existe, inclusive, sets de runas em formatos de cartas (de baralho), por isso, não tenham medo de inovar. Se funcionar para vocês e permitir-vos trabalhar com as runas de uma forma eficaz, é o que interessa.

E vocês? Já criaram as vossas próprias runas? Contem como correu. 

Crédito de Imagem: Pixabay (shubina_e)

Na prática de rituais mágicos e de celebrações em ritual, um dos pontos importantes é a comida. Na Wicca, por exemplo, é normal os ritos terem uma parte que se chamam, em inglês, "Cakes and Ale" onde são partilhadas comidas e bebidas. Apesar de muitos acharem que esta prática de comer durante ou após um ritual é apenas para estimular e melhorar o convívio entre as pessoas num círculo, na realidade, o comer após o ritual tem um papel fundamental no restabelecimento de energias. E é disso que vamos falar hoje. 

Como sabem, e já falamos anteriormente, a comida tem um papel importante na prática mágica e isso implica ter um papel activo na forma como os nossos rituais são estruturados. O que comemos antes de um ritual e o que comemos durante um ritual poderá ter efeito no próprio ritual em si, principalmente no ponto de vista da crença pessoal de cada um. São muitas as tradições religiosas, inclusive fora do Paganismo, onde há restrições alimentares por motivos religiosos seja não comer nunca um determinado alimento, fazer jejum durante um determinado período de tempo, só comer certos alimentos num dia específico, etc. No Paganismo, e na Bruxaria, também podemos ter deste tipo de práticas. 

Existem vários praticantes que optam por fazer jejum antes de dias de rituais grandes (como Sabbats ou Esbats) ou que optam por não comer carne durante este período. Segundo os mesmos, este tipo de alimentação permite a que o corpo esteja mais "desperto" e em sintonia com a Natureza, sem o consumo de carne. Este é um tipo de alimentação pré-ritual que pode ser adaptada nos caminhos individuais de cada um. Por exemplo, com base em características e registos históricos, um reconstrucionista pode tentar que, no dia em que celebra um evento especial, a sua alimentação seja restrita a pratos ou alimentos que fossem consumidos na altura em que o rito original era celebrado. A comida é uma das formas de ajudarmos o nosso corpo a entrar no mindset pretendido para o ritual, tal como o incenso ou a decoração do local, também a comida é uma ferramenta muito útil para nos colocar no momento certo e para recordar o nosso corpo que este é um momento especial que vai ser assinalado. 

Também durante ou após o ritual podem ser consumidas diversas comidas. É principalmente comum fazer-se isto quando são celebrações em grupo, dado que o momento de todos estarem a partilhar comida (idealmente, que todos tenham trazido um pouco) é uma altura excelente para conviver, conhecer-se mutuamente e ficar a saber um pouco mais ou por as conversas em dia dos praticantes presentes. Contudo é também o momento ideal para restabelecer energias. Um ritual, seja apenas devocional ou mágico, é algo que vai ser cansativo e vai tirar de nós energias (energias para trabalho mágico ou apenas energia pelo esforço de fazer a celebração) e nada melhor para repor as energias do que... comida! Esta é a altura ideal durante um rito para repor todas as energias que usamos ao longo do ritual e da prática mágica, claro, pode ser incorporado dentro do próprio rito como um momento de convivio para os membros ou, no caso de prática solitária, um momento de partilha de alimento e oferendas com as Divindades, em que estamos em repouso e a partilhar tranquilidade com os Deuses ou Entidades com as quais estamos a reunir naquele ritual. 

E vocês? Costumam ter práticas referentes à alimentação durante rituais? 

Crédito de Imagem: Unsplash (Lee Myungseong)

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