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Sob o Luar


Pixabay (Witchgarden)
O Paganismo tem como ritos as Celebrações Sazonais. Estas mudam de aspecto, de nome e de costumes conforme as tradições pagãs a que nos referimos mas o objectivo é o mesmo: Ligar-nos e festejar os ciclos e mudanças da Natureza.

E é disso que vou falar e neste artigo específico irei restringir-me à Roda do Ano Wiccana, com as suas 8 Celebrações.

A Roda do Ano é algo essencial e bastante presente na vida de um Wiccano. Festejamos os seus rituais e as suas mudanças, dançamos, rimos, acendemos fogueiras e fazemos bonecas de milho. Oito vezes por ano reunimo-nos com os nossos amigos e companheiros ou então sozinhos na presença dos Deuses e realizamos mais um rito em honra de um festival sazonal.

 Mas quantos de nós já pararam para pensar a importância e a influência que esses ritos têm nas nossas vidas? A Roda do Ano não é somente oito vezes por Ano, mas sim a todo o instante. Sentimos as mudanças em nós mesmos, sem precisar de olhar para o calendário. Em nosso redor vemos a Natureza mudar e tomar outras formas. Vemos as flores florescerem e crescerem, os pássaros a chilrear, o tempo a aquecer e o Sol a erguer-se mais alto no Céu… E depois, vemos as árvores a deixarem cair as suas folhas, o o chão coloridos de folhas de todas as cores outonais, o vento a soprar mais forte e a chuva a cair fortemente nos vidros das janelas enquanto nós estamos enrolados nos lençóis com uma boa caneca de chocolate quente.

 A Roda do Ano faz parte do nosso quotidiano e não somente de oito ocasiões. É assim que nos ligamos à Natureza, vendo as suas mudanças na nossa vida.

O Homem moderno acostumou-se à rotina. Acorda, toma banho, toma café da manhã, sai de casa, mete-se no carro, vai trabalhar, sai do trabalho, mete-se no carro, vai para casa, senta-se no sofá a ver TV e depois vai dormir. Todos os dias repete o processo. E para ele todos os dias são iguais, todos os dias são a mesma coisa.

Não devemos ser assim. Devemos ver como os dias são diferentes e sente essas mudanças. Quando saímos de casa olha para o céu e vê a Lua a esconder-se e o Sol a nascer. Vemos os pássaros nas árvores e reparamos nos seus ramos nus ou nas suas folhas verdes. Quando vamos no carro, não focar apenas somente no rádio ou no carro da frente e tenta ver ao mesmo as paisagens e tudo o que encontra pelo caminho até ao trabalho. E mesmo quando estamos a trabalhar, repara em pormenores que lhe mostram como a Natureza está a mudar, como o facto do colega de trabalho ter deixado as luvas em casa porque já não está frio ou a companheira de carteira ter trazido gorro porque o frio começou a apertar.

São pequenas coisas como estas, que no nosso dia-a-dia podem ser consideradas tão insignificantes mas que na verdade importam. Mostram como a Natureza tem influência em nós e permite-nos ver o quanto a nossa vida muda conforme Ela muda.

Portanto, veja. Olhe em seu redor, pense fora da caixa e da sua rotina e veja os pequenos detalhes da sua vida. Tire uma tarde e dê um passeio pela cidade ou pelo campo, se tiver perto de casa. E veja as mudanças. Repare nos animais. Nos passarinhos e nos animais selvagens. Que fazem eles? Estão a sair agora das suas tocas em busca de alimento e socializando com outros? Ou estão a recolher mantimentos para o Inverno rigoroso e a emigrar para locais mais quentes? E as árvores? Estão nuas e com os seus ramos expostos ao vento e frio ou estão abundantes em folhas verdes e saudáveis e cheias de vivacidade?

Sinta o calor do Sol. O calor dos seus raios a bater na sua pele. Como é o calor? Rápido a chegar e aquece bastante ou pequenino e que ainda tem dificuldade em se fazer notar? Olhe para as pessoas. Veja os seus comportamentos e como elas reagem aos ciclos naturais. As pessoas da sua cidade estão caminhando com roupas quentes e agasalhos? Equipados de luvas, gorros e várias camadas de roupa? Ou estão com roupas finas e prontas para ir dar um mergulho na praia ou na piscina?

 Repare no Mundo em seu redor. Repare como a Mãe Natureza influencia tudo e tudo é influenciado por Ela. Não precisa de decorar todas as datas bonitinhas e saber aquilo tudo de cor, fazer todos os rituais certinhos com os melhores instrumentos e melhores orações, se não vive os ciclos da Natureza na sua vida diária.

 O Paganismo, seja que vertente for, requer ser não só um caminho religioso mas também uma filosofia de vida. O ser pagão irá influenciar não só a sua vida religiosa como toda a sua vida. Irá ver o Mundo e sentir o Mundo de forma diferente e irá lidar com ele de outra forma também.

 Portanto meu único conselho é: Esteja atento. Olhe para lá do óbvio e veja a Natureza como ela é. Algo belo e em constante mudança, num ciclo sem fim. Veja esse ciclo. Viva com ele. Cresça com ele. Sinta-o na sua vida, na vida dos que o rodeiam e em tudo. Seja participante do Mundo e não um mero observador.
Os símbolos são sinais que as culturas adotam para diversas representações, entre elas várias crenças religiosas bastante abordadas entre os neopagãos, como também entre vários cristãos. Fazem parte de tudo que é representativo e abordado religiosamente. Ao longo da matéria, haverá a explicação de signos e costumes usados e praticados por vários povos dentre várias culturas. Neste artigo, falarei sobre o Pentagrama e suas várias representações conforme o tempo, as circunstâncias e as crenças. Você vai ver as evoluções que o pentagrama começou a tomar, passando de um símbolo cristão de máxima veneração para a atual representação cristã demonizadora e neopagã de equilíbrio.

Pentagrama – Representações culturais


Não se sabe a origem do pentagrama, mas pode-se conhecer uma de suas mais antigas representações.

Os hebreus consideravam o pentagrama como o símbolo da Verdade, representando o Pentateuco (os cinco livros atribuídos a Moisés no Antigo Testamento). Na Grécia Antiga, tal símbolo ganhou o nome de Pentalpha, tendo como vista cinco letras A entrelaçadas.

O pentagrama também aparece na cultura chinesa, em que os cinco elementos (fogo, terra, metal, água e madeira) se envolvem em um sistema de criação e inibição entre si, formando um circulo e uma estrela em sua sistematização.

Pitágoras acabou por explorar o pentagrama em seus cálculos, levando-o como símbolo de perfeição matemática. Sua escola tinha tal símbolo e seus seguidores o usavam para se identificarem.

Os primeiros cristãos usavam o pentagrama como representação das cinco chagas de Cristo (mãos e pés encravados e a coroa de espinhos), e nos tempos medievais ainda era usado como amuleto contra os demônios.

Os próprios Templários, vistos como monges da Igreja, utilizavam  o Pentagrama em muitos vitrais de seus templos. Mas conforme foram ganhando dinheiro, prestígio e solidariedade com seus irmãos de Ordem, a Igreja começava a se voltar contra seus próprios servidores. Houve então a Inquisição, junto à Era das Trevas, quando a Igreja mergulhou em seu próprio diabolismo. Os Templários foram torturados e mortos, e o pentagrama agora foi distorcido e transformado em símbolo de perversão e maldade pela Igreja, simbolizando a cabeça de um bode, ou diabo, a mesma do Baphomet, pelo qual a Igreja havia acusado a Ordem dos Cavaleiros Templários de adorar. Assim, o pentagrama se transformou em símbolo representativo do mal, e a perseguição da Igreja às antigas religiões acabou forçando-as a se esconderem nas sombras, na clandestinidade.

Já no final da Era das Trevas, a paz estava renascendo. As sociedades já secretas agora saem das sombras, retomando seus estudos sem medo da pressão adquirida da Igreja. Numa era de desenvolvimento, em que surgem o hermetismo, e a ciência que mistura misticismo, o Pentagrama agora gera uma nova representação: O Microcosmo. O símbolo do homem em um círculo, com braços e pernas abertos, representando O Homem individual.

Há também a representação do Macrocosmo, em que se ganha a mesma figura, porém há os cinco planetas, um em cada membro, e a Lua em sua genitália. Após isso, o pentagrama ganha um novo conceito: Os cinco elementos. Agora ele também representa Água, Fogo, Terra, Ar e Espírito (Espírito como a quinta essência, implantada pelos alquimistas e gnósticos).

Na Maçonaria, o pentagrama era visto como o Laço Infinito (por ser traçado com uma mesma linha), representando a virtude e o dever, e era endereçado ao trono do Mestre da Loja, já que também tinha a ligação ao homem macrocósmico.

Eliphas Levi usou o Pentagrama para fazer uma ilustração do Bem e do Mal, colocando o Pentagrama Macrocósmico ao lado do Pentagrama Invertido.

Em 1940, Gerard Gardner implantou o Pentagrama na religião Wicca, colocando-o para representar os três aspectos da Deusa (Lua, Mãe e Tripla ou Donzela, Mãe e Anciã) e os dois aspectos do Deus (O Cornífero e o Da Colheita, ou Rei do Carvalho e do Azevinho), devolvendo ao símbolo a força como talismã. Tal adoção do símbolo gerou uma reação à Igreja que chegou ao auge quando Anton LaVey adota o Pentagrama Invertido para representar sua Igreja de Satanás. A Igreja Católica, então, começa a considerar o Pentagrama (invertido ou não) como símbolo do diabo. Assim, os wiccanos, para se protegerem dos extremistas religiosos, se opuseram ao uso do pentagrama.

Hoje sabemos muitas representações que o Pentagrama pode ter, e também sabemos que ele é adorado por muitos, utilizado por muitos, e sagrado para muitos. Sua simbologia pode ir muito além.

Sabemos hoje que ele retoma sua simbologia de proteção e equilíbrio para muitos, e para outros ele ressurge como microcosmo e macrocosmo. Independente de suas representações, o Pentagrama adquiriu muitas, pode ser usado em várias simbologias, e isso é um fato.

Artigo escrito por Felipe Ferreira

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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0