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Sob o Luar


O culto aos Ancestrais é uma prática predominante em várias tradições dentro do Paganismo, como é o caso do Helenismo ou de Heathenry e, também, em práticas mais tradicionais ou folclóricas. Este tipo de culto é um culto diferente do culto de Divindades (como já vimos anteriormente no artigo Diferença de Cultos: Deuses, Ancestrais e Outros), pois não é baseado no honrar uma divindade/ser superior, mas sim no honrar e respeitar aqueles que vieram antes de nós. Inclusive, muitos praticantes preferem chamar-lhe "Honras" aos Ancestrais, ao invés de Culto. Tal como quase tudo dentro do Paganismo, vai depender do praticante e da tradição, pelo que não se sintam limitades.

Apesar de, por norma, este culto ser prestado culto aos nossos familiares diretos, que já não se encontram entre nós, como é o caso de avós, bisavós, tios, pais, etc. é também comum haver honras a outros tipos de Ancestrais. Há quem goste de dividir o conceito de Ancestrais, reconhecendo vários tipos de ancestrais como:
  • Ancestrais de Sangue: Aqueles que fazem parte da nossa família e da nossa árvore genealógica, que partilham a nossa linhagem. 
  • Ancestrais da Arte: Aqueles que fazem parte do nosso caminho religioso/espiritual/mágico, mesmo que não os conheçamos. Podem ser autores famosos que nos inspiraram e já morreram, podem ser ancestrais de uma forma mais genérica como "todas as sacerdotisas antes de mim", etc. 
  • Ancestrais de Honra: Aqueles que, pelas suas ações ou pela sua vida, queremos honrar. Aqui pode haver uma mistura com o conceito de Honra de Heróis, dado que as pessoas podem ser encaixadas em ambas as categorias. Podem ser atores, figuras políticas, figuras históricas, etc. 
  • Entre outros. 
Estas categorias podem ter vários nomes, e até serem subdivididas, dependendo das tradições. Mas, essencialmente, representam o mesmo. É um conjunto de pessoas, que conhecemos ou não, que já não se encontram no plano físico e às quais queremos honrar. Há quem decida incluir, nos seus altares de ancestrais, também animais de estimação, ficando ao critério de cada um. 

Agora, a questão que se coloca, como se começa um culto ou honras aos Ancestrais? E como se faz? 

Da mesma forma que cria qualquer outro tipo de culto ou honras: Devemos criar um espaço para um pequeno altar ou local onde possamos honrar estas pessoas, com base na nossa prática pessoal (por exemplo, no meu caso, o meu altar de Ancestrais está abaixo de todos os outros altares, para estar mais perto da Terra e do mundo ctónico). Podemos decorar o mesmo como preferirmos, sendo que recomendo sempre uma toalha e velas. E, claro, devemos colocar fotos ou representações de quem queremos honrar. Podem ser fotos das pessoas, objetos que a pessoa nos tenha dado e nos lembra dela, cartas ou outros bens que nos fazem pensar na pessoa. 

Estamos, essencialmente, a criar um pequeno espaço onde podemos ir e recordar aquelas pessoas, pensar nelas, no impacto que tiveram na nossa vida e recordá-las. Como se costuma dizer na Bruxaria "Aquilo que é recordado, vive" e é esse o objetivo da honra dos Ancestrais: recordá-los e manter a sua memória e legado vivos. 

Depois do espaço criado, a forma como as honras são feitas vai depender de cada tradição e caminho (recomendo este artigo que compila algumas formas de culto de Ancestrais). Algumas recomendações que posso dar são:
  • Manter o espaço limpo e estabelecer um ritmo para fazer oferendas (podem ser velas, incensos, libações, etc.); 
  • Determinar uma altura do ano (para quem segue a Roda do Ano, poderá ser Samhain) onde dedicamos mais tempo e uma celebração mais complexa aos Ancestrais; 
  • Ir renovando as fotos ou adicionando novas pessoas, conforme necessário. 
O culto dos Ancestrais, ainda mais do que o culto das Divindades, é um culto extremamente pessoal, pois as pessoas que estamos a honrar são pessoas que tiveram um impacto direto em nós, na nossa vida e no nosso caminho e, como tal, não há certos nem errados. Poderá haver orientações, dependendo da tradição de cada um, mas, no final de contas, este espaço que criamos serve para nos conectar com quem já não está entre nós e só nós podemos decidir o que é certo ou errado, por isso, não se sintam limitades por nada que leiam e, lembrem-se, "Aquilo que é recordado, vive". 

Um dos tópicos de bastante conversa e controvérsia nas nossas comunidades pagãs em geral é o tópico do Sacerdócio. Um Sacerdócio, dentro do Paganismo, pode significar várias coisas, ser alcançado de várias maneiras e pode dar discussões de vários assuntos. Este artigo não pretende desvalidar ou validar qualquer tipo de Sacerdócio e é apenas um artigo sobre acerca do que é o Sacerdócio e dar alguns exemplos de tipos de Sacerdócio. Para uma reflexão acerca da validez de Sacerdócios e de Iniciações, podem consultar este artigo aqui no blogue.

Um livro que recomendo muito sobre esta temática é o A Practical Guide to Pagan Priesthood, que já analisei aqui no blogue, e que acho ser uma leitura essencial para quem está interessado neste tipo de temática. 

Mas então, o que é um Sacerdócio? A definição de Sacerdócio é "Conjunto das funções e dignidade do ministro/sacerdote de um culto qualquer" . E um ministro/sacerdote é "Pessoa que fazia sacrifícios às divindades". OU "Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja." (definições de Dicionário Priberam da Língua Portuguesa). Ou seja, um Sacerdócio é o nome dado ao trabalho de um Sacerdote que é, para todos os efeitos, uma figura que presta serviços ou sacríficios a um determinado grupo religioso. Um exemplo comum de sacerdote é um padre de uma paróquia, por exemplo.

Dentro do Paganismo temos vários tipos de Sacerdócios. Temos Sacerdotes dentro da Wicca, onde é feito um período de treinamento e são feitos votos sacerdotais que podem ser renovados dependendo da súbida de níveis dentro da Tradição. Temos também dentro do Druidismo algumas organizações onde são feitos votos sacerdotais de serviços à comunidade. Dentro da Fellowship of Isis temos a possibilidade de ser realizado um Sacerdócio de forma a ser prestado trabalhos à comunidade em nome de Divindades (idealmente femininas). Também dentro da tradição de Glastonbury Goddess Temple, por exemplo, existe treinamento sacerdotal que concede títulos dentro da organização e da tradição em específico.

E existem muitas outras tradições e grupos religiosos que têm processos de treinamento que acabam por conferir graus sacerdotais (ou outros equivalentes, com nomes diferentes). A essência é a mesma: Alguém fica capacitade para servir a comunidade, dentro daquela tradição e nos moldes da mesma. E é, essencialmente, isso que é um Sacerdote/Sacerdotisa. Não se trata de um cargo por nome ou apenas para ter hierarquia sobre outra pessoa. É um cargo que representa um comprometimento com os Deuses e com a tradição onde ocorreu a iniciação, para prestar um serviço à comunidade e às Divindades. Este serviço pode ser prestado de diversas formas e há vários tipos de Sacerdotes e Sacerdotisas e várias formas de prestar os serviços. Pode ser através da organização de eventos para a comunidade, através do fornecimento de recursos, de acompanhamento de doentes ou pessoas em fim-de-semana, através de ajuda a grávidas e momentos de nascimento, acompanhamento emocional e de apoio à comunidade, através de serviços oraculares ou até de disponibilização do corpo como veículo para incorporações divinas, etc, etc. São imensas e variadas as formas como um Sacerdócio pode ser exercido e concretizado, dependendo apenas das pessoas envolvidas e dos moldes da tradição em que esta iniciação ocorre. 

Isto, para dizer, que um Sacerdócio não é algo que deve ser iniciado de ânimo leve. Acarreta um elevado nível de responsabilidade e de comprometimento por parte da pessoa que está a tomar os votos, porque vai estar a dedicar a sua vida ao serviço das Divindades e daquela Tradição, a partir daquele momento. Eu costumo dizer que é boa ideia comparar com os sacerdotes cristãos ou de outras vertentes mais estabelecidas: Um padre católico, por exemplo, faz vários sacríficios pessoais para exercer o seu cargo dentro da Igreja e assume um nível de responsabilidades e de comprometimento que, para todos os efeitos, é para a sua vida inteira. E um Sacerdote ou Sacerdotisa dentro do Paganismo deverá encarar o Sacerdócio da mesma forma. 

Mas sei o que questionam: "Se me tornar Sacerdote/Sacerdotisa, não posso desistir/parar?". Bem... Idealmente não, né? O ideal é que os votos sejam feitos para a vida. E é isso que a maioria dos Sacerdotes e Sacerdotisas faz, tal como os padres fazem. Mas, todos sabemos, que a vida é feita de mudanças e tal como há padres que saem da Igreja também há Sacerdotes/isas no Paganismo que acabam por sair dos seus serviços ou das suas tradições. Os moldes em que estas saídas saem são exclusivos de cada tradição e devem ser vistas dentro da mesma, pelo que não vou dizer o que faz ou deixa de fazer, porque vai depender de caminho para caminho. Mas, não podemos esquecer, que a tomada de votos sacerdotais é um comprometimento sério e deve ser levado com seriedade e conhecimento daquilo com que nos estamos a comprometer. 

E vocês, já conheciam? Conhecem Sacerdotes/isas? O que acham desta temática?

A Astrologia é uma das "ciências" mais antigas estudadas, havendo registos da sua prática na Suméria, a mais antiga civilização do mundo, em 4300 a.C. e talvez tenha tido a sua origem na Pré-História, dado que existem provas do estudo do céu nocturno pelos povos da Idade da Pedra, contudo, não temos certeza de qual o uso dos mesmos. A Astrologia é considerada por muitos como "a mãe da Astronomia" pois inicialmente eram as duas uma só ciência e só com o tempo, é que a astronomia tornou-se mais objectiva, lidando com distâncias, massas, pesos, velocidades e afins e a astrologia mais subjectiva focando-se no impacto dos astros sobre as pessoas, acabando por criar uma divisão entre as duas. 

A Astrologia é, mais especificamente, uma crença espiritual que investiga a ação dos corpos celestes sobre os objectos animados e inanimados, e a reação destes a essa influência.

Os signos são uma forma de dividir os céus; as Casas também, embora sejam baseadas no local de nascimento. O signo pode ser considerado o campo de ação; a Casa é o lugar onde ocorre a ação, e o planeta é o poder ou força motivadora. A astrologia ensina-nos que existe harmonia e simetria no universo, e que todos são parte de um todo. A astrologia deve ser entendida como uma filosofia que ajuda a explicar a vida, e não como uma arte ou ciência para prever o futuro, mas sim uma ferramenta para autoconhecimento e desenvolvimento próprio. 

A Astrologia pode ser divida em quatro aspectos:
Natural ou física: A ação dos planetas sobre as marés, o clima, a atmosfera e as estações.
Mundana ou judicial: A Astrologia das nações, de sua economia e de seus ciclos políticos.
Natal ou genética: A Astrologia dos indivíduos e o estudo de seus mapas de nascimento.
Horária: O estudo de uma determinada questão que ocorre num determinado lugar e num determinado momento.

Existem vários tipos de astrologia sendo que os mais famosos são a astrologia tropical e a astrologia sideral.

A astrologia tropical dá a posição de um planeta por signo. A astrologia sideral dá a posição por constelação. Para entender a diferença entre as duas, é preciso entender a diferença entre signos e constelações: 

Ambos têm os mesmos nomes, o que pode causar uma confusão. Há aproximadamente quatro mil anos, quando no equinócio de Primavera (no HN), o Sol estava na constelação de Áries, não havia diferença. Os signos e as constelações coincidiam. Agora, por causa da precessão, a lenta rotação da Terra sobre seu eixo, o Sol entra no equinócio Vernal no signo de Áries, porém na constelação de Peixes. A astrologia sideral e a astrologia tropical baseiam-se em princípios diferentes, contudo ambas são válidas e podem ser utilizadas normalmente.

As pessoas normalmente pensam que a Astrologia é apenas ver o seu signo solar (o signo em que o Sol estava no momento do seu nascimento) e que assim podem prever o seu futuro e saber o que as espera (por exemplo, nas revistas e jornais todas têm seção de Astrologia). Também crêem que o horóscopo é somente o nome dado aquele pedacinho de revista com a descrição do seu signo Solar e nada mais. Quando, na realidade, um horóscopo é um mapa das posições planetárias no momento do nascimento de um indivíduo na posição geográfica onde ocorreu o nascimento. Um horóscopo contém tanto as posições zodiacais como as das casas dos planetas, com todas as suas posições estruturadas até aos graus em que se encontram no céu. Estabelecido o horóscopo, vem a parte complicada que é a interpretação dos dados que obtivemos. Esta análise, quando bem feita, pode dar imensa informação sobre a pessoa (ou o evento) a que o mapa diz respeito, principalmente a nível de personalidade e de forma de encarar o mundo. 

Um site que recomendo muito para fazer mapas astrais e estas informações é o astro.com que tem várias ferramentas gratuitas que ajudam a traçar mapas para variadas datas e com muitas informações extra. 

E vocês, gostam de Astrologia? 

Hoje vamos falar de uma prática que se está a tornar mais comum dentro do Paganismo chamado "Veiling" ou "Velar" (da palavra "véu"). Esta prática é famosa em vários caminhos religiosos, como o caso de algumas vertentes do Islamismo e do Cristianismo (como é o caso das freiras em Portugal) mas também no Paganismo se tem vindo a verificar um aumento desta prática, principalmente dentro de cultos mais reconstrucionistas ou folclóricos, dadas as ligações às tradições ou à reconstrução de práticas antigas, onde o véu era um artigo comum.  

Existem vários propósitos para os quais podem ser utilizado o véu numa prática moderna Pagã, sendo alguns exemplos:

Ferramenta para honrar uma divindade em específico: Existem várias divindades que, no seus cultos originários, eram adoradas com o uso de véus ou em que os véus possuíam um papel de importância, como é o caso da Deusa grega Héstia (muitos praticantes modernos de Héstia utilizam o véu como uma parte ativa do seu culto). 

Como forma de proteção pessoal: Muitos praticantes consideram que o véu na cabeça serve como uma forma de proteção pessoal, dado que o tecido está a proteger o cabelo e a cabeça e, dessa forma, repele as energias negativas e aquilo que possam enviar para a pessoa. Adicionalmente, muitos praticantes que utilizam o véu como uma ferramenta de proteção, complementam o mesmo com sigilos costurados no próprio véu ou utilizando combinações de cores com propósitos específicos. 

Como forma de evitar contactos espirituais: Muitos praticantes que trabalham com espíritos ou mediunidade optam por utilizar um véu porque sentem que os protege contra espíritos ou outro tipo de seres que possam querer contactar com os mesmos. Neste caso, estes praticantes sentem que o véu funciona como um barreira entre o mundo espiritual e o mundo físico e que os ajuda a manter-se presos no mundo físico, evitando contacto com espíritos ou outros seres em momentos nos quais não querem contacto com os mesmos. 

Como forma de honrar os seus antepassados: Muitos praticantes, principalmente de países onde o uso do véu era comum antigamente (como é o caso de Portugal em que muita da nossa população idosa usava e ainda usa véus para ir à missa e em zonas mais rurais), é também comum que muitos escolham por incluir o véu na sua prática como forma de honrar os seus antepassados, podendo até chegar a usar véus que os próprios antepassados utilizavam, de forma a aumentar ainda mais a ligação com os mesmos. 

As formas de usar os véus são muito variadas e podem ser adaptadas ao tipo de prática e preferência de cada um: Praticantes mais reconstrucionistas vão optar por procurar formas antigas de ser utilizado um véu e vão optar por adaptar o seu uso com esses métodos enquanto praticantes mais voltados para práticas folk vão acabar por usar métodos mais modernos e presentes nas culturas as quais se encontram ligados. E, no geral, é possível tirar inspiração de qualquer sítio, sendo que existem vários sites e vídeos online com ideias para o uso do véu, das mais variadas formas. 

Um vídeo (em inglês, infelizmente) que recomendo muito sobre esta prática é o du ChaoticWitchAunt acerca do uso do véu na sua prática, que não só fornece várias fontes e recursos acerca da prática mas também fala da sua prática pessoal, que pode ajudar ou até inspirar alguns praticantes que possam estar interessades!

E vocês, já conheciam esta prática? O que acham?

Apesar de já termos falado de vários métodos divinatórios aqui no blogue, ainda não abordamos ao certo o que é a Divinação. E é isso que viemos fazer hoje! Vamos falar do que é a divinação, como a mesma pode ser utilizada e vou aproveitar para deixar aqui atalhos para os principais artigos de Métodos Divinatórios que nós temos! 

Então, o que é a Divinação ou Adivinhação? Esta é uma arte de prever o futuro mais provável recorrendo a um método divinatório como o Tarot, Runas, Pêndulo, Oráculos, Amuletos, etc. Existem imensos métodos que podem ser utilizados para este propósito. 

Esta arte já é utilizada e temos registo da sua presença desde a Antiguidade, sendo que temos vários registos (tanto físicos como escritos) de métodos divinatórios utilizados na Grécia Antiga e noutros locais da Antiguidade e ao longo da História (inclusive na Idade Média e em períodos mais recentes) e do Mundo, havendo registos de práticas divinatórias na Europa, Ásia, Américas e África. É uma arte que tem vindo a acompanhar a humanidade ao longo da sua história, evoluindo e sendo aplicada de várias formas, conforme os anos vão passando. Infelizmente é também uma arte sujeita a muitos charlatões e pessoas que se aproveitam da mesma para enganar os outros, pelo que todo o cuidado é pouco e devemos sempre recorrer a profissionais que confiamos e que sabemos que são éticos (recomendo a nossa editora Eva Tavares e a minha amiga ProbablySininho)

Aqui no Sob o Luar, temos artigos sobre os seguintes métodos: 

  • Scrying: O que é?
  • Pêndulo: O que é? 
  • O que são as Runas e os seus Significados
  • Métodos Divinatórios: O Tarot

Mas existem imensos outros métodos, como por exemplo:

  • Aleuromancia - Pelos biscoitos da sorte.
  • Apantomancia - Através de encontros inesperados com animais.
  • Astromancia - Pelos astros. Não confundir com Astrologia!
  • Augúrio - Pelo voo dos pássaros.
  • Bibliomancia - Pela interpretação de palavras ou frases de um livro aberto ao acaso.
  • Buziomancia - Por meio de búzios, pequenas conchas.
  • Cafeomancia - Pela interpretação da borra do café.
  • Cleromancia - Pelo lançamento de dados.
  • Ceromancia - Pela cera derretida da vela que caiu na água.
  • Cristalomancia - Através de cristais, como a bola de cristal.
  • Oniromancia - Pelos sonhos.
  • Piromancia - Pelo fogo 
  • Quiromancia - Pelas linhas e sinais da mão do consultante/pessoa que estamos a fazer a adivinhação para.
  • Teimancia - Pelas folhas de chá.
Entre muitos outros. 

Contudo, algo importante a referir quando falamos de Adivinhação, é referente ao facto de que falamos que se pode prever o futuro. Contudo, será que isso significa que o futuro já está escrito? E que não há forma de o evitar? Claro que não! O que a divinação nos dá, é uma pequena visão do futuro próximo com base no que momento em que estamos agora. Ou seja, com base em todas as nossas decisões até ao momento, e dependendo da pergunta, qual é o resultado mais provável. Um exemplo prático é: Imaginemos que eu quero ir para a universidade mas ainda não me candidatei. E pergunto às cartas se vou entrar na faculdade que quero. As cartas dizem que sim. Mas depois eu não faço nada. Ora, se eu não fizer o trabalho para entrar na faculdade... não vou entrar, né? A divinação diz-nos o que é mais provável de acontecer e qual o futuro próximo mas não faz milagres por nós. 

Adicionalmente isto não significa que não o possamos mudar, porque podemos! Nada está escrito para a eternidade e a nossa vida, no final de contas, está nas nossas mãos e podemos fazer dela aquilo que desejamos (dentro do expectável e possível, obviamente)!

E vocês? Que métodos preferem? 

Os chakras são dos tópicos mais famosos do Hinduísmo que foram adoptadas para o pensamento esotérico ocidental, tendo passado por várias adaptações e, no ponto de vista de muitos praticantes, criações de novos sistemas associados aos Chakras. Originalmente, os chakras (da palavra sânscrita चक्र (que significa “roda”) são um variado número de pontos ao longo do nosso corpo, utilizados em vários métodos de meditações e outras práticas antigas, originárias de tradições dentro do Hinduísmo. 

Neste artigo vou apenas focar-me no Sistema de Chakras Ocidental, nomeadamente, o sistema que conhecemos hoje em dia que é constituído por sete chakras espalhados pelo corpo, criando uma linha ao longo da nossa espinha, conectando-nos ao céu (através do chakra da coroa) e à terra (através do chakra da raíz). Este sistema ocidental surgiu no início do século XX com autores como Sir Woodroffe e Charles Leadbeater. 

Os sete chakras são: 

Chakra da Raiz
Nome: Muladhara 
Localização: Base da coluna/região do períneo.
Descrição: Este chakra está ligado à Terra e à nossa ligação ao mundano e terreno, oposto ao chakra da coroa. 


Chakra Sexual
Nome: Swadhistana 
Localização: Região do baço.
Descrição: Este chakra está associado ao movimento e ao fluxo. Pode também ter ligação aos órgãos sexuais, dada a sua proximidade. 


Chakra do Plexo Solar
Nome: Manipura 
Localização: Aproximadamente dois dedos acima do umbigo.
Descrição: Este chakra está ligado ao processo digestivo e à nossa autodescoberta, sendo associado à força e à determinação. 


Chakra Cardíaco
Nome: Anahata
Localização: Região do coração.
Descrição: Este chakra é o ponto de encontro das energias do nosso corpo, estando ligado ao equilíbrio do corpo e do espírito. 


Chakra Laríngeo
Nome: Visuddha
Localização: Região da laringe.
Descrição: Este chakra está associado à comunicação, devido à sua proximidade com as nossas cordas vocais. 


Chakra Frontal 
Nome: Ajna or Agya
Localização: Região inferior da testa, um pouco acima do espaço entre as sobrancelhas.
Descrição: Este é o chakra associado ao famoso “terceiro olho” e está ligado à clarividência e à Visão.


Chakra Coronário
Nome: Sahasrara
Localização: A coroa, topo da cabeça. 
Descrição: Este é o chakra que nos conecta ao céu/ao espiritual/ao nosso Eu superior. 


Por norma, os chakras são utilizados como auxiliares em técnicas de meditação, começando no chakra mais baixo (o da raiz) até ao mais alto, com estados meditativos e até cânticos ou mantras para cada um destes chakras. Estes pontos são também trabalhos em várias terapias como o reiki, yoga, cristaloterapia, terapias com música, etc. Para quem deseja começar a trabalhar com estes pontos energéticos, a melhor forma será através de meditação, sendo que podem encontrar online (no Youtube e até no Spotify) várias jornadas meditativas que ajudam a trabalhar com os chakras, a alinhar os mesmos, a abri-los e muito mais.

Se gostavas de saber um pouco mais sobre Chakras, eu fiz um texto exclusivo para o Baú dos Mistérios de Hécate e está disponível para compra lá na loja! 

E vocês, costumam trabalhar com chakras? 
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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0