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Sob o Luar

Imagem Pixabay (congerdesign)
Na temática de hoje vamos voltar à nossa mini-série sobre Velas e vamos falar sobre como interpretar a cera e a chama das velas que utilizamos. É importante referir que esta interpretação deverá ser feita sempre em velas consagradas ou colocadas para um determinado ritual ou, até, para piromancia ou ceromancia (métodos divinatórios através da chama da vela e cera da vela, respectivamente). Velas utilizadas para decoração do lar, iluminação, aquecimento, etc. não podem ser interpretadas com estas mensagens, dado que não foi pedido qualquer sinal ou feita nenhuma pergunta e nem está a decorrer nenhum ritual em que a vela esteja a ocupar um papel importante. As velas devem ser interpretadas em contexto ritual ou de divinação. 

Assim sendo, vamos falar do significado de cada um dos aspectos das velas, começando pela cera e, posteriormente, pela chama.

  • Significados da Cera 

Cera foi completamente consumida
- Este é dos melhores sinais em trabalhos mágicos, significa que o trabalho ou ritual foi realizado com sucesso e o solicitado tornar-se-à realidade.

Cera escorreu pela lateral da vela, formando pequenas "escadas" - Tal como as escadas simbolizam nesta situação, este comportamento mostra-nos que o objectivo é alcançável porém ainda há vários passos a tomar, e escadas a subir, até chegarmos ao pretendido. 

Cera não foi toda consumida e ainda restou pavio, após a vela apagar - Se após a vela se apagar ainda restar cera e a até um pouco de pavio, recomenda-se voltar a acender a vela para ela queimar toda e, no final, acender outra vela ou incensos para limpeza energética. Isto significa que é necessário mais dedicação da nossa parte para o objectivo e também que é preciso manter um cuidado na manutenção da harmonia energética do nosso local de trabalho mágico. 

Vela que deita muita cera que escorre como se "chorasse" - Quando a cera se comporta de uma forma como se a própria vela estivesse a chorar, recorda-nos que talvez tenha sido um pedido ou trabalho demasiado emocional e, como tal, poderá haver alguma instabilidade no pretendido.

  • Significados da Chama

Chama amarela - As chamas em tonalidades amarelas estão associadas à felicidade e ao sucesso. 

Chama vermelha - Em tons vermelhos, estas chamas representam sucesso para o pretendido e resposta positiva ao perguntado.

Chama em tons de azul - Quando a chama tem tonalidades azuis, esta indica que o pedido poderá acontecer, porém, irá requerer algum trabalho adicional pois existem detalhes ocultos que querem trabalhos adicionais.

Chama brilhante - Se a chama estiver bastante brilhante, é um excelente sinal, dado que representa êxito e vitória para o questionado ou realizado. 

Chama fraca - Quando a chama se mostra como estando fraca significa que há falta de energia no objectivo. É necessário realizar mais trabalho e um maior esforço para se atingir o que se quer. 

Chama com dificuldade a acender - Quando a chama está dificil de acender significa que o espaço onde estamos a realizar o ritual não está limpo devidamente e é necessário efetuar uma limpeza mais profunda, dado que estas energias negativas podem influenciar o resultado do nosso trabalho. 

Chama que treme - Uma chama que treme alerta-nos que o objetivo é possível, porém, há vários obstáculos que vão ter de ser ultrapassados e vão querer força e esforço adicional da nossa parte. 

Chama baixa - Se a chama está baixa e insiste em não levantar, ela traz consigo a mensagem de que este não é o momento ideal para este trabalho ou questão e que deveremos aguardar e investir em nós próprios, antes de tentar novamente. 

Chama que baixa e levanta repetidamente - Uma chama instável, que está constante a levantar e a baixar, mostra-nos confusão no que foi pedido ou alguma dificuldade em manifestar essas energias. É necessário parar, meditar, entender o que pretendemos e reformular de forma mais clara. 

Chama que solta fagulhas - À semelhança da chama que treme, quando a chama solta fagulhas está a representar a possibilidade de conflitos e de dificuldades em atingir o objectivo final, que vão querer força adicional da nossa parte. 

Chama que se apaga repetidamente - Quando a vela se apaga repetidamente é sinal que o pretendido, seja mágico ou questão feita, será muito dificil de alcançar e vai requerer um empenho muito maior do que calculado inicialmente.

E vocês? Já experimentam interpretar mensagens das velas?

X - A Roda da Fortuna

Nome do Arcano: A Roda da Fortuna
Número: X
Descrição: No baralho de Rider-Waite a carta da Roda da Fortuna é representada por uma roda gigante com três figuras em redor e, na roda, está inscrito as letras hebraicas YHVH (Yod Heh Vau Heh) -o nome impronunciável do Deus Hebraico - juntamente com letras TORA que poderá representar "Torah" (lei) ou Tarot ou até "Rota" (roda em latim). No centro estão símbolos alquímicos de mercúrio, enxofre, água e sal. No exterior está uma cobra no lado esquerdo (Typhon) e, no lado direito, Anúbis (O Deus Egíptio dos Mortos). Em cima da Roda está uma esfinge. Nos cantos da carta estão quatro figuras com asas: um leão, um touro, uma águia e um anjo. *
Símbologia: Na Roda da Fortuna encontramos em cada ponta das cartas, quatro figuras com asas. Estas figuras (um leão, um touro, uma águia e um anjo) representam os quatro signos fixos do Zodíaco, nomeadamente o signo de Leão, Touro, Escorpião e Aquário. As suas asas representam a estabilidade perante o movimento e mudança e cada um deles tem consigo o livro "Torah", representando a sabedoria. No círculo exterior à roda estão também três entidades: Uma cobra que representa Typhon e, ao mesmo tempo, a força da vida a mergulhar no mundo material. Anubis, o Deus dos Mortos que recebe as almas no submundo. E uma Esfinge, representando o conhecimento e força. No centro da Roda, após as letras já explicadas anteriormente, temos os símbolos alquímicos de mercúrio, enxofre, água e sal que são os quatro elementos alquímicos que representam o poder da criação.

Significado:

  • Posição Normal
Na sua posição original a carta da Roda da Fortuna recorda-nos que a roda está sempre a girar e a vida é feita de altos e baixos, num estado constante de mudança. Se estamos em momentos maus, ela lembra-nos que o bom virá após a tempestade. Mas, se estamos em bons momentos, também nos lembra que nem tudo se mantém estável por muito tempo. A Roda recorda-nos também do karma e da lei do Retorno, se assim aplicável. Toda a acção tem uma reação e tudo o que fazemos tem consequências e esta carta alerta-nos para isso e para que as nossas acções possam espelhar as mudanças que queremos na nossa vida. Em certas tiragens, a Roda do Ano pode também estar a representar mudanças vindouras de alto impacto (novas oportunidades, mudanças a nível quotidiano, etc) para os quais temos de estar preparados. Esta carta é acima de tudo díficil para quem não gosta de mudança e alerta-nos para a necessidade de fluir com o fluxo da vida, de forma a não ser negativamente afectado pelas mudanças da mesma.

  • Posição Invertida (esta posição é opcional)
Na sua posição invertida a carta da Roda da Fortuna representa, num dos seus aspectos, a resistência à mudança. Existe, da parte do consulente, uma resistência à ideia da mudança na sua vida e isso tem um impacto directo na forma como as coisas se estão a desenvolver. É necessário analisar e mudar os comportamentos, aceitando e fluindo com o ritmo da vida. Adicionalmente, a carta pode também representar momentos díficeis, que nos incentivam a tomar rédeas da nossa vida e tomar controlo e, ao mesmo tempo, a aceitarmos responsabilidades pelas nossas acções, entendendo como as mesmas podem ter influenciado a nossa vida e garantir que evitamos os erros cometidos no passado. Adicionalmente, e no seu lado positivo, a carta invertida pode representar o vencer e ultrapassar de um ciclo negativo no nosso caminho.

* A representação dos Arcanos varia de Baralho para Baralho, a descrição apresentada é com base no Baralho Rider Waite. 
Pixabay (Free-photos)
Hoje vamos falar de algo que está presente na prática de muitos praticantes que celebram a Roda do Ano: Comida! Seja uma celebração solitária ou em grupo, a comida é essencial e acaba por ser parte importante da nossa celebração. Desde algo simples como pão ou frutos da época até pratos complexos e refeições inteiras, a comida é parte do nosso quotidiano e, nas celebrações, pode assumir um papel mágico na nossa prática.  

Este papel da comida nas nossas celebrações também acaba por ajudar na conexão com os ritmos da Natureza. Ao criar pratos, refeições e até doces/snacks associados aos Sabbats/Festivais estamos, idealmente, a utilizar frutos e plantas da época o que nos permite criar uma conexão com a Natureza. Saber quais os frutos, vegetais e plantas que podem ser consumidas em cada parte do ano, permite estabelecer uma ligação e um conhecimento mais profundo dos ritmos da Natureza e dos ritmos da agricultura em nosso redor. Idealmente, estes alimentos até podem ser comprados nos mercados locais e serem alimentos da nossa área, onde vivemos, o que cria uma ligação ainda mais à intensa à terra, não só nos seus ritmos naturais como também à terra onde pertencemos e vivemos e trabalhamos magicamente.  

Esta associação da comida aos festivais está também ligada aos nossos Ancestrais e à forma como as celebrações de festivais sazonais e de eventos agrários (e, aqui, podemos afirmar que acontecia tanto nas pagãs como em cristãs, mais tarde) eram celebradas. Durante a época das colheitas ou vindimas, existia sempre reuniões de família em que se cozinha bastante e se celebrava os resultados daquele ano. Um exemplo claro disso nos dias de hoje é, no caso do Cristianismo/Catolicismo, a celebração do Natal ou da Páscoa (Solstício de Inverno e meados do Equinócio de Primavera, respetivamente) em que ambas as celebrações são acompanhadas por comidas típicas e da época. Também nas nossas celebrações pagãs, o mesmo acontece. Aliás, quem tiver família ou companheiros/as de outra religião em que os festivais coincidam perto uns dos outros (Catolicismo, etc.) e quiser manter algumas celebrações em conjunto pode aproveitar e utilizar a comida e a Bruxaria de Cozinha como método!  

Um cenário de exemplo: A família é católica e o praticante é pagão. Toda a gente aceita o caminho do outro e existe harmonia. E a celebração do Solstício de Inverno e Natal (no caso do Hemisfério Norte) coincidem em datas muito próximas. O pagão pode optar por celebrar o Solstício de Inverno na sua data, de forma ritual, e posteriormente participar no jantar de família de Natal e até incluir pratos associados ao Solstício durante esta refeição. Até em cenários em que a família não aprova o caminho pagão do praticante, ele pode optar por realizar o seu ritual em secretismo e, a parte da festa, celebrar juntamente com a família (estando, secretamente e individualmente, a celebrar o Solstício). A comida é uma das muitas formas de celebrar a Roda do Ano e, sem dúvida, é das mais discretas e simples. Ninguém vai suspeitar de comida!  

Como puderam ver a comida tem um papel importante na nossa prática. Brevemente iremos começar uma nova série sobre Bruxaria de Cozinha em que iremos abordar a Bruxaria de Cozinha associada a cada um dos festivais, com comidas típicas, alimentos associados e com algumas receitas para introduzirem nas vossas celebrações.  

E vocês? Qual o papel que a comida tem nas vossas celebrações?
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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0