Análise Literária: O Anuário da Grande Mãe de Mirella Faur

por - maio 17, 2018

Título: O Anuário da Grande Mãe: Guia Prático de Rituais Para Celebrar a Deusa
Autor(es): Mirella Faur
Pontuação★☆
Descrição: O Anuário da Grande Mãe constitui-se no mais completo estudo sobre a Deusa publicado em língua portuguesa, e é o grande auxiliar na descoberta e celebração da energia renovadora e transmutativa do Sagrado Feminino.Os praticantes solitários e os grupos encontrarão também informações indispensáveis para os rituais, festejando a Roda do Ano através dos Sabbats e dos Esbats. As mulheres poderão melhor sintonizar-se com os ciclos da Lua, compreendendo como fluir com as suas fases e como conectar-se com as Deusas Lunares correspondentes. O leitor aprenderá a usar os ensinamentos das antigas tradições na sua vida moderna e descobrirá como enriquecer seu cotidiano com as bênçãos de mais de seiscentas Deusas provenientes das culturas dos cinco continentes.
Onde Comprar*: Wook | Scribd (Ativa dois meses grátis!)
Crítica: O "Anuário da Grande Mãe" é um excelente recurso para todos os praticantes que têm interesse em descobrir sobre mais Deusas e a sua forma de culto.
Tal como o título indica o livro está escrito em formato de anuário e a primeira parte do livro (cerca de 300 páginas) são uma listagem dos vários dias do ano e quais as divindades cujo culto é prestado no respectivo dia. O resto do livro aborda diversos assuntos como a Roda do Ano Wiccana, Os Esbats e as Fases Lunares, os Eclipses e Eventos Astronómicos e considerações para iniciantes.
Um aspecto que não gostei no livro e que achei que poderia ter sido mais bem explorado foi o facto de que as Deusas são vistas do ponto de vista Wiccano como faces de uma Grande Deusa e não do ponto de vista politeísta em que cada Deusa é uma divindade individual. Também o ponto de vista das celebrações ao longo do ano são vistas do prisma Wiccano (Roda do Ano), principalmente os últimos capítulos. Ao longo da primeira parte, dos dias do ano, porém existem diversas referências a celebrações pontuais a Divindades diferentes da Roda do Ano (Mistérios de Elêusis, Panateneias, etc) e que já serão mais aplicáveis a praticantes politeístas ou reconstrucionistas. Chamo a atenção principalmente a este facto, dado que pode tornar o livro menos útil para quem rege a sua prática por elementos não-Wiccanos.
A autora fala de divindades de variados panteões (grego, romano, celta, maia, japonês, coreano, etc) e também de elementos judaico-cristãos (santas, Maria Madalena, etc.). Aliás um dos aspectos do livro que não gostei foi exactamente esse: a presença de elementos judaico-cristãos como Anjos e Santas dado que, na minha visão pessoal, não são compatíveis com o meu caminho no Paganismo porém este aspecto não teve qualquer influência na minha crítica dado que depende da prática de cada um e muitos pagãos consideram estas entidades como partes válidas da sua prática. Mas para quem, como eu, não é fã fica o alerta.
Outra recomendação que faço é que o livro segue como um guia para as divindades femininas e as suas variadas celebrações, ou seja, de forma a cultuar uma divindade é sempre recomendável que a mesma seja explorada de forma mais profunda e não seja utilizada como um objecto (recomendo o vídeo "Deuses de Prateleira" da TCS). O livro é simplesmente um livro de referência e não, de todo, um livro que desenvolva o aspecto individual de cada divindade, há que ter isso em conta.
Em geral, o livro está bem desenvolvido e acho que abrange grande parte dos pontos essenciais no culto do Sagrado Feminino e das divindades femininas. É um excelente recurso e tenho pena que seja de tão difícil obtenção, dado que é um recurso muito bom para todos os interessados em cultuar divindades femininas e desenvolver uma prática regular.

* Os links fornecidos pertencem a 'Affiliate Programs' e geram uma taxa de lucro ao Sob o Luar. Não existe qualquer despesa adicional para o comprador. 

Também podes gostar

0 Comentários