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Sob o Luar

Pixabay (artyangel)
A programação de cristais é uma das muitas formas com as quais se pode trabalhar com estes recursos e hoje planeio abordar este tema e ajudar com algumas técnicas que podem ser utilizadas para fazer a programação dos vossos cristais. Esta prática é, basicamente, trabalhar com cristais para objectivos específicos e, através de meditação e trabalho da mente, "programar" ou "configurar" um cristal para uma determinada tarefa.

A programação de cristais não é, de todo, obrigatória no trabalho com cristais e é apenas uma das muitas formas como este trabalho pode ser realizado. É um método fácil e rápido de determinar qual o propósito que aquele cristal ou pedra vai desempenhar na nossa prática. Os cristais são excelentes condutores de energia, principalmente os cristais da família dos Quartzos, e esta programação ajuda a estimular e direccionar as energias para o objectivo do trabalho mágico. 

Existem várias formas de programar um cristal e hoje planeio abordar duas variações. 

É de realçar que, à semelhança de muitos outros trabalhos mágicos, é sempre ideal começar com um banho de limpeza e relaxamento ou apenas algum queimar de incenso para limpar a área e ajudar na concentração no que vai ser realizado. 

Iniciar com uma pequena meditação em que colocamos os pensamentos em ordem e nos focamos naquilo que é o objectivo da programação (ajudar a passar um exame, aumentar a auto-confiança, etc). É necessário que a nossa mente entre num estado de concentração em que estejamos focados naquilo que pretendemos imbuir no cristal com o qual vamos trabalhar. 

Assim que os nossos pensamentos estiverem focados, devemos pegar no cristal (já limpo e energizado) e colocá-lo entre as nossas mãos e aqui há dois métodos que podem ser utilizados:

Método 1: Mantendo os olhos no cristal e focando no mesmo, nas suas características, formato, interior, etc repetir em voz alta ou na nossa mente as palavras "Eu programo este cristal para...." ou "Eu carrego este cristal com a intenção de..." ou até "Cristal, ajuda-me com....". Repetir este processo até sentir que o cristal está energizado com este propósito e pronto a ser utilizado.

Método 2: Tal como no método um, devemos manter os olhos no cristal e focando no seu formato e o seu interior. Tentar absorver ao máximo o cristal e como ele é por dentro, como será estar dentro do cristal e, aí, dirigir os nossos pensamentos para o pretendido com a programação, visualizando o objectivo de forma clara e concisa, mantendo este pensamento e focando no cristal ao mesmo tempo, até sentir que o cristal está energizado com este propósito e pronto a ser utilizado.

No final de ambos os métodos é necessário recuperar da meditação de forma tranquila e tentar que não seja abrupta, pois poderá causar uma quebra de energia e acabar por ficarmos mal dispostos. Recomendo ter sempre comida e água próximos para o final de trabalhos deste género. 

No final do cristal ter desempenhado a sua tarefa e o objectivo ter sido concluído, poderá ser limpo e desprogramado para ser utilizado para outro fim. Em alternativa, caso não queira reutilizar o cristal, pode apenas limpar e desprogramar e devolver à Natureza enterrando-o ou colocando em um lugar na Natureza de díficil acesso. 

E vocês, costumam programar cristais? Quais os vossos métodos favoritos?


Título: Keeping Her Keys: An Introduction to Hekate's Modern Witchcraft
Autor(es): Cyndi Brannen 
Pontuação: ★★★★☆
Descrição: Nos últimos anos, a Hekate ganhou popularidade crescente em todo o mundo. Embora existam livros escritos sobre Hekate do ponto de vista histórico, há uma falta de informação para aplicar este conhecimento no desenvolvimento pessoal e prática de bruxaria. "Keeping Her Keys" combina as 'chaves' do desenvolvimento pessoal, magia e a antiga deusa, Hekate Os tópicos incluem o poder da oração, como criar o espaço sagrado e orientação sobre feitiços. No capítulo final, os leitores podem realizar uma auto-iniciação opcional para se tornarem Keeper of Her Keys.
Onde Comprar*: Wook | Scribd (Ativa dois meses grátis!)
Análise: Tive a oportunidade de ler este livro numa cópia avançada, fornecida pela autora, em troca de uma crítica/análise honesta. 

Este livro é, sem dúvida, um livro especial. recordou-me um pouco o livro "Magia de Hecate: Uma Roda do Ano com a Rainha das Bruxas" de Dylan Siegel e Naelyan Wyvern, com algumas diferenças. O livro "Keeping Her Keys" tem como objectivo servir de guia de iniciação para uma tradição de Bruxaria Moderna voltada em torno da Deusa Hekate. Nesta obra podemos encontrar um companheiro para um período de treinamento de um ano e um dia, no final do qual, temos um ritual de auto-iniciação para iniciarmos o caminho como "Guide" nesta tradição.

O livro está dividido em diversas lições, cada uma delas essenciais para o desenvolvimento e aprendizagem dentro desta tradição. Conta com diversos exercícios e orientações ao longo do treinamento e, no final, antes da iniciação tem uma série de perguntas para confirmar se o conhecimento e dedicação do devoto estão no ponto para dar este grande passo.

Uma coisa que eu gostei muito neste livro, e acho que é raro de ver hoje em dia, foi o foco na informação histórica. A autora não quis deixar de parte as informações históricas, as fontes e todos os recursos que temos ao nosso dispor, vindos da Antiguidade Clássica. Pelo contrário, a autora apresenta-nos essas informações e as suas fontes e origens, mostrando-nos como as mesmas eram interpretadas à época ou, em outros casos, fornecendo livros que ajudam a entender essa interpretação. Porém, a autora também não descrimina as práticas modernas, aliás, mostra como ambas as partes podem coexistir com o objectivo de criar uma tradição harmoniosa.

Uma das citações que mais gostei do livro foi "(...) we aren't attempting to reconstruct the past, but we adapt historical documents and practices for use in the 21st century". Acho que esta frase descreve bem o que a autora conseguiu com este livro e dou os meus parabéns por isso.

O livro encontra-se muito bem estruturado, de fácil compreensão e muito acessível, permitindo em diversas situações que sejam improvisadas formas de realizar os exercícios ou rituais, aceitando que as coisas e eventos possam ser adaptados à prática de cada indíviduo, porém, sem nunca descuidar da estrutura da tradição e da prática estabelecida.

Esta obra é um excelente companheiro para qualquer interessado em seguir um caminho solitário, porém previamente estruturado, de culto à Senhora Hekate e baseado nas práticas da Bruxaria Moderna.

* Os links fornecidos pertencem a 'Affiliate Programs' e geram uma taxa de lucro ao Sob o Luar. Não existe qualquer despesa adicional para o comprador. 
IX - O Eremita

Nome do Arcano: O Eremita
Número: IX
Descrição: No baralho de Rider-Waite o Eremita é representado por um homem sozinho no topo de uma montanha com neve. Na sua mão direita tem uma lanterna com uma estrela de seis pontas no interior. Na mão esquerda tem um longo bastão de madeira. *
Símbologia: Nesta carta o Eremita no cimo da montanha com neve representa o domínio espiritual, crescimento e as conquistas no caminho escolhido pelo Eremita, para atingir um estado superior de consciência. A lanterna, na sua mão direita, contém o Selo de Salomão, um símbolo de sabedoria. Esta lanterna ilumina o caminho mas, como todas as lanternas, apenas ilumina o caminho mesmo em frente e o Eremita sabe que o resto estará para descobrir conforme vai andando. Na mão esquerda, o seu bastão, representa o seu poder e autoridade e é utilizado como guia e forma de equilíbrio.

Significado:

  • Posição Normal
Primordialmente a carta do Eremita representa a necessidade de fazer uma pausa na nossa rotina do dia-a-dia e de nos voltarmos para dentro e para nós próprios. As respostas ao que procuramos encontram-se dentro de nós e é necessário largar o mundando e fazer uma pausa, de forma a embarcar na jornada de auto-descoberta. O Eremita convida-nos a iniciar um período de introspecção, quer sozinhos ou com um grupo pequeno de pessoas de confiança, para que possamos sintonizar-nos com a nossa voz interior e crescer com essa aprendizagem.

  • Posição Invertida (esta posição é opcional)
Na sua posição invertida a carta do Eremita pode representar duas coisas: Se estiver a perder muito tempo do seu dia com coisas mundanas, com tarefas, contas da casa e responsabilidades o Eremita invertido pode estar a chamar atenção para a necessidade de parar e refletir e dedicar tempo a nós próprios, ouvir a nossa intuição e voz interior. Caso já haja bastante tempo dedicado à reflexão pessoal este Arcano pode estar a dizer-nos para não nos isolarmos demasiado e realçar a necessidade de contacto com outras pessoas. 

* A representação dos Arcanos varia de Baralho para Baralho, a descrição apresentada é com base no Baralho Rider Waite. 
Imagem Pixabay (ponce_photography) 
Hoje vamos voltar à nossa série de Cristais e falar de Métodos de Limpeza! Neste caso estaremos a falar de limpeza energética mas também pode ser aplicado para limpeza física. 

Antes de mais temos de falar de um aspecto importante e que é um conhecimento essencial quando trabalhamos com cristais. Os cristais são minerais e, como tal, a sua dureza e resistência varia de um tipo de cristal para o outro. Esta dureza é medida numa escala, chamada a Escala de Mohs. Esta escala é o que estabelece qual a dureza de cada cristal e, assim sendo, o que é que cada cristal aguenta. Por exemplo, enquanto o quartzo é um cristal com dureza 7 e resiste facilmente à àgua e pode ser limpo com àgua ou outros métodos mais abrasivo, a fluorite é um cristal de dureza 4 e se for sujeita a água durante longos períodos de tempo, vai começar a perder a cor e até o formato. Também não é apropriado deixar cristais de dureza superior com cristais de dureza baixa, isto porque os que têm um grau de dureza maior (como o quartzo) irão começar a gastar os cristais mais sensíveis e acabam por danificar. 

De forma a garantir uma boa manutenção dos nossos cristais é necessário conhecer como eles funcionam e com o que podem, ou não, encontrar em contacto, quer a nível de limpeza e quer a nivel de trabalhos que possamos fazer com eles. Por isso assim que comprarem ou adquirirem um cristal novo, investiguem sobre o mesmo. Qual a sua dureza? O que é posso fazer com este cristal? Com quais outros cristais ele pode entrar em contacto? São tudo questões importantes para trabalhar com cristais. 

Assim sendo, e não esquecendo a informação anterior, vamos abordar algumas das formas de limpeza de cristais!

  • Água do Mar ou Água e Sal
Uma das formas mais comuns de limpar cristais é com água e sal ou, em alternativa, com água do mar. Este método é apenas apropriado para cristais de dureza superior a 7 (por exemplo, os quartzos) para garantir que não há dano ao mineral, como tal, não é um método muito apropriado quando não se tem 100% certeza de qual cristal temos na mão. Com a certeza do cristal, é uma questão de colocar o mesmo dentro de um copo com água salgada e deixar de uma noite para a outra.

  • Sal
Tal como o método anterior esta técnica pode ser um pouco abrasiva e é necessário algum cuidado com o tipo de cristais que são limpos com este método. Em caso de não ter a certeza da dureza do cristal, em alternativa, pode ser colocado um pequeno pano entre o sal e o cristal. Tal como com a água e o sal, é só deixar de uma noite para a outra. Este método é principalmente indicado para cristais de proteção como a ónix.

  • Drusa
Tal como falamos no artigo anterior desta série, a drusa é uma excelente forma para limpar outros cristais. É necessário garantir que o cristal (em formato drusa) é um cristal associado para limpeza, como quartzo ou citrino. É também preciso ter atenção a dureza dos cristais e garantir que não há frição entre os mesmos. Para limpar os cristais com a drusa basta colocar os cristais em cima da mesma e deixar de um dia para o outro e estarão limpos.

  • Visualização
Esta é uma técnica um pouco mais avançada e requer algum treino, sendo mais indicada para pessoas que estejam habituadas a manipulação de energias como Reiki e semelhantes. É aplicável a todos os tipos de cristais dado que não causa qualquer reacção física nos mesmos. Consiste em inspirar profundamente e soprar para o cristal, visualizando o mesmo a limpar-se de todas as energias negativas. Em alternativa também pode ser visualizada a limpeza com as mãos, brilhando em torno do cristal. Deve repetir-se até o cristal estar limpo.

  • Defumação
Este é um método seguro para qualquer tipo de cristal e consiste em segurar o cristal e expôr ao fumo do incenso, rodando para que o fumo toque em todos os lados e visualizando a limpeza. Para este método é aconselhável os incensos associados a limpeza (e preferencialmente em folha ou solto, mas, na ausência pode ser utilizado em cone ou pau) como olíbano, salva, alecrim, sândalo, mirra, etc.

  • Terra
Este é um método um pouco abrasivo, principalmente dependendo da humidade ou consistência da terra utilizada. É também um pouco complicado dado que nem toda a gente tem acesso a jardins ou hortas onde possa deixar o cristal e, na floresta, por vezes acaba por ser esquecido ou encontrado por outras pessoas, como tal, é um método a ter cuidado. Para este tipo de limpeza deve enterrar-se o cristal, podendo sincronizar este processo com uma fase da Lua à escolha. Deixar-se durante uma noite e, no dia a seguir, é só passar por água ou um pano para remover os restos de terra e o cristal encontra-se limpo.

  • Água (Natural, Chuva, etc)
Existem várias formas de limpeza de cristais com água, já falamos anteriormente do método com água salgada mas também é possível limpar com água da chuva, água de nascente, água consagrada à luz da Lua ou Sol, etc. É preciso ter atenção à dureza dos cristais dado que nem todos reagem bem ao contacto durante longos períodos de tempo com água. Em alternativa é também possível após deixar o cristal na água de o expôr à luz da Lua ou Sol, tendo cuidado com a exposição ao Sol dado que o calor pode causar reacções em alguns cristais (ex: ametista).

  • Som
Este método, à semelhança da defumação, é uma forma segura de limpar qualquer tipo de cristal dado que não é um método abrasivo. Para este tipo de limpeza podem ser utilizados sinos, gongos ou taças tibetanas e através das vibrações de som é feita a limpeza energética dos cristais. Para quem tenha treino de canto pode também tentar fazê-lo com a voz, mantendo uma nota semelhante aos instrumentos ou com mantras.

  • Esquemas de Cristais (Cristaloterapia)
Este é um método mais apropriado para profissionais ou pessoas experiências com cristaloterapia. Consiste em fazer uma esquema de cristais, de cristaloterapia, de forma a limpar o cristal com o auxílio dos outros cristais (por norma utilizam-se pontas em bruto durante um determinado espaço de tempo). É um método muito específico e, como tal, requer algum estudo e trabalho adicional.


***

Estes são alguns dos métodos de limpeza de cristais disponíveis e que aconselhamos, relembrando sempre o cuidado com a dureza e constituição de cada cristal. 

E vocês, qual o vosso método favorito? 
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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0