Roda do Ano: Solstício de Verão
Nome do Festival: Litha (pronuncia-se “litá”) ou Solstício de Verão
Data Tradicional: 21/22/23 de Junho (No Hemisfério Norte) ou 21/22/23 de Dezembro (No Hemisfério Sul)
Data Tradicional: 21/22/23 de Junho (No Hemisfério Norte) ou 21/22/23 de Dezembro (No Hemisfério Sul)
Data Astrológica: Sol a 0º de Cancer (HN) ou Sol a 0º de Capricórnio (HS)
Etimologia: O nome “Litha” remonta a uma antiga palavra anglo-saxônica para o mês de Junho e passou a ser usado como um nome wiccan para este festival na segunda metade do século XX.
Correspondências de Cores: Amarelo, laranja, dourado, verde e cores associadas ao Verão.
Correspondências de Cores: Amarelo, laranja, dourado, verde e cores associadas ao Verão.
Litha ou Solstício de Verão é um dos festivais da Roda do Ano Wiccana e ocorre quando o sol atinge o seu pico mais alto no céu e é o dia mais longo do ano e a noite mais curta. A partir desta data a duração dos dias começa a diminuir. As noites são curtas e tradicionalmente cheias de luzes: as estrelas brilhantes do céu noturno, os pirilampos, as fogueiras e decorações que caracterizam as ruas. Na Roda do Ano Wiccana este festival assinala o ponto mais alto do Deus e a partir do qual o Deus começa a enfraquecer até à sua morte. O fogo é divinizado e tal aspeto notasse nas fogueiras que se acendiam antigamente pelas ruas e à porta das casas como também pelas iluminações que enfeitam as cidades. É uma forma de simbolizar a força do Sol que, apesar de começar a declinar, continua nos próximos meses a iluminar o céu e a aquecer a terra.
Um elemento típico do Paganismo moderno nesta celebração é a celebração da transferência de Poder do Sol do Rei Carvalho para o Rei Deus Azevinho, num modelo que o casal Farrar tornou famoso. Esta celebração é vivida por uma luta entre os dois princípios do Sol: O Princípio de Vida (Rei Carvalho) - o Sol esta no seu auge e brilha no céu proporcionando dias mais longos - que tem a duração de 6 meses – de Yule a Litha – e o Princípio da Consciência (Rei Azevinho) - em que os dias começam a diminuir e a sombra instala-se - que vai de Litha até Yule.
Uma das celebrações típicas deste festival é a criação de fogueiras e de danças em torno das fogueiras. Esta é uma excelente atividade, principalmente para quem festeja em família ou em pequenos grupos. Pode ser feita uma fogueira grande à volta da qual se pode dançar, partilhar histórias, cantar, partilhar comida e mais tipos de convivência entre praticantes. Dado esta ser a noite mais pequena do ano, é comum ficar a noite toda acordado a celebrar este festival e, no dia a seguir, ver o Sol nascer e sentir a energia solar que começará a diminuir a partir deste dia. É também um bom festival para começar trabalhos para largar coisas que já não nos servem, culminando, posteriormente, no Samhain onde é o momento ideal para estes trabalhos. Podem, nesta altura, começar a serem feitas as bases para concluir em Samhain. Esta é uma celebração também muito associada aos Povos das Fadas e a Elementares, como tal, podem ser também realizados trabalhos de contacto com os mesmos, sempre com os devidos cuidados.
Quanto ao altar, este deve ser decorado com cores da época (amarelos, vermelhos, brancos, etc.) e também, se o praticante assim preferir, com flores e símbolos do Festival (Roda com fitas coloridas amarradas, símbolos de aves ou de animais com chifres e talismãs relativos ao Sol).
A nível de alimentação e correspondências alimentares, não vou desenvolver muito dado que temos todo um artigo dedicado a esta temática no Bruxaria de Cozinha e Litha que aconselho vivamente a lerem e tirarem algumas ideias para as vossas celebrações!
E vocês? Como celebram este Solstício?
Nota: Existe um grande debate nas comunidades pagãs por detrás do uso das palavras Mabon/Ostara/Litha. Para fácil acesso por iniciantes optámos por manter a denominação neste artigo, contudo, aconselhamos a leitura deste texto e deste texto para esclarecimentos adicionais.
Crédito de Imagem: Unsplash (Tobias Tullius)
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