Roda do Ano: Solstício de Inverno

por - dezembro 16, 2021


Nome do Festival: Yule (pronuncia-se “í-ule”) ou Solstício de Inverno
Data Tradicional: 21/22/23 de Dezembro (No Hemisfério Norte) e 21/22/23 de Junho (No Hemisfério Sul)
Data Astrológica: Sol a 0º de Capricórnio (HN) e Sol a 0º de Cancer/Caranguejo (HS)
Etimologia: Yule é a versão moderna das palavras do inglês antigo ġēol ou ġēohol e ġēola ou ġēoli, com a primeira indicando o festival de 12 dias de "Yule" e a última indicando o mês de "Yule". A linhagem etimológica da palavra permanece incerta, embora várias tentativas especulativas tenham sido feitas ao longo do tempo.
Correspondências de Cores: Vermelho, verde, dourado e cores invernais. 

Yule também denominado de Solstício de Inverno, Meio do Inverno e Alban Arthan é um dos Sabbats menores da Roda do Ano e marca a altura em que o Sol atinge o seu ponto mais baixo e se prepara, a partir daqui, para subir no céu e voltar a erguer-se fortemente e brilhar alto. Este é o dia em que a duração do dia é mais curta e a duração da noite é mais longa e, por isso, é um momento de renascimento: tanto do Sol que morre e nasce (simbolicamente) como de um renascimento pessoal. Para além disso, também se refere à promessa da fertilidade dos campos que, com os raios de luz do Sol e os dias que vão começar a crescer gradualmente, garantem alimento na mesa. Sendo também um momento escuro, dado que é a noite mais longa do ano, é um momento em que, em tempos antigos, os nossos antepassados se reuniam em casa, em torno da fogueira, e era um momento muito voltado para a família e para o convívio. Ainda nos dias de hoje isso se verifica, com celebrações de outras fés religiosas cujas datas coincidem com o Solstício de Inverno (ex. O Natal). 

No mito da Roda do Ano Wiccana é neste festival que se assinala o nascimento do Deus e em que a Deusa se torna Mãe, dando à luz a criança promessa, tal como o Sol que renasce. Este mito é partilhado por muitos outros caminhos religiosos (pagãos e abraâmicos) onde nesta altura do ano se assinala o nascimento de uma criança prometida. 

Uma das grandes tradições deste festival é acender um cepo na fogueira, o chamado Yule Log (poderá ser escolhido um tipo específico de madeira, dependendo da tradição de cada um). Isto é uma forma de contribuir, simbolicamente, para o reforço da Luz Solar e a sua vitória sobre as trevas. As brasas resultantes desta fogueira podem ser usadas como amuletos ou talismãs que carregam o poder da vitória do Sol para o resto do ano, colocando-se debaixo da cama para ajudar na saúde ou levar connosco como amuleto no dia-a-dia. 

Também o Bolo-Rei, uma grande tradição desta época do ano, é outro elemento importante neste festival. Este bolo pode ser considerado um símbolo do Sol pela sua forma redonda e branca e, ao mesmo tempo, pode também representar a terra com as suas frutas cristalizadas dentro de si (em semelhança à Terra que está com as sementes dentro de si, à espera do momento ideal para germinarem). Para mais informações e dicas sobre alimentação durante este festival, recomendo a leitura do nosso texto de Bruxaria de Cozinha e Yule que tem várias recomendações de comidas, pratos e ingredientes que podem marcar presença na nossa mesa nesta altura festiva. 

Uma árvore de Yule pode ser construída para simbolizar a alegria e alegrar a casa (decorada com azevinho e visco e cores entre o dourado, verde e vermelho – cores estas que também decoram o altar durante este período). Também toda a casa pode ser decorada de forma a ajudar o Sol a subir no céu, utilizando as cores da época e outras decorações alusivas ao Sol. 

E vocês? Como costumam celebrar esta festividade? 

Crédito de Imagem: Unsplash (Jessica Delp)

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