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Sob o Luar


Uma das coisas que parece bastante complicada quando estamos a começar no caminho do Paganismo ou da Bruxaria é o de criar a nossa própria prática e como dar os primeiros passos para estruturar o nosso caminho. Este artigo tem como objetivo reunir algumas dicas para ajudar neste processo! 

Para começar é preciso recordar que tudo deve ser feito ao nosso próprio ritmo. No final de contas, seja o nosso caminho mágico ou nosso caminho espiritual, ambos são caminhos individuais e para nosso próprio crescimento, satisfação e felicidade. Não estamos a competir com ninguém nem existe nenhuma corrida, pelo que devemos ir ao nosso ritmo pessoal e conforme aquilo que estamos a sentir que é o certo. 

A melhor forma de construir a nossa prática pessoal é ir aos poucos, conforme vamos aprendendo e experimentando. Não nos podemos esquecer que, como tudo na vida, a nossa prática vai ser fluída e vai mudar com a passagem do tempo, por isso, um dos principais conselhos é estar aberto à mudança e à fluidez das nossas práticas. 

Para além desta fluidez temos também de nos recordar de não querer ser perfeites logo ao começo e que falhar ou experimentar coisas só pela vontade de experimentar é normal e até aconselhável, por isso, devemos sempre lembrar-nos que a primeira estrutura ou rotina que criamos não vai ser a que vai ficar para sempre ou a "definitiva". Temos a liberdade para explorar os nossos caminhos da forma que achamos melhor e que nos identificamos mais. 

Após já termos algumas bases nos assuntos é quando começamos a querer estruturar algo conciso e dar-lhe um nome. Começar a identificar-nos com um caminho específico e estruturar como a nossa prática é definida. Algumas dicas para quando iniciamos este processo:
  • Fazer uma pequena lista dos nossos interesses dentro do Paganismo e da Bruxaria, para entendermos onde está o nosso "nicho" e o nosso foco. É okay se a lista for diversificada, mas termos esta estrutura escrita ajuda-nos a guiar-nos e a saber por onde trilhar. 
  • Fazer uma lista de palavras que achamos que definem o nosso caminho. Podem ser palavras aleatórias como "Verde", "Fadas", "Grécia", etc. Algo que nos ajude a classificar as coisas que associamos com o nosso caminho. 
  • Se não quisermos dar já um nome ao nosso caminho, não há problema! Podemos apenas identificar-nos com termos vagos como "Bruxe" ou "Pagão" e ficar por aí. Esses termos são válidos. Até "Curiose" é um termo válido. 
  • Se houver afinidade por algum tipo de divindade ou algum panteão, podemos começar a explorar mais esse campo para ajudar na nossa prática, dado que muita coisa pode ser construída em torno do culto devocional a Divindades. A mesma coisa se aplica a Seres Mágicos ou Entidades! 
  • Depois de termos criado a nossa lista de interesses e a lista de palavras chaves, podemos começar a procurar conteúdos (tanto online como em livros) relacionados com essas temáticas. Ver o conteúdo de outros praticantes vai ajudar-nos a tirar ideias de coisas a aplicar na nossa prática. 
  • Se houver, recomendo também juntar a comunidades relacionadas com os nossos interesses como Grupos do WhatsApp ou de Facebook onde se possa trocar opiniões e ideias com outros praticantes. 
No final das contas o que não pode ficar esquecido é que o caminho a trilhar é, e sempre será, nosso e somos nós que o definimos e o vivemos, pelo que devemos sempre trabalhar para sermos felizes no nosso caminho e não necessariamente agradar outras pessoas ou cumprir "aesthetics" (que é um dos principais problemas das redes sociais hoje em dia). 

E vocês, que conselhos dão nestas situações?  
Capa do Livro
Título: Dedicant, Devotee, Priest: A Pagan Guide to Divine Relationships
Autor(es): Stephanie Woodfield 
Pontuação: ★★★★★
Descrição: Construa um relacionamento com os deuses em todos os níveis de devoção. Em qualquer caminho espiritual, buscamos uma forte conexão com os deuses. Mas sabe como desenvolver verdadeiramente um relacionamento com eles? Este livro orienta a servir o divino em três níveis significativos que vão além de apenas pedir aos deuses apoio mágico ou pessoal. Dedicant, Devotee, Priest fornece explicações práticas sobre o que significa venerar uma divindade, como saber quando alguém está tentando chamar sua atenção e muito mais. 
Onde Comprar*: Wook 
Análise: Hoje trago uma análise de um livro que li recentemente, que é o "Dedicant, Devotee, Priest"! Já andava desejosa de ler este livro há bastante tempo e finalmente tive a hipótese de o começar a ler e, tenho a dizer, que não só o amei completamente como vou passar a recomendá-lo a todes interessades em iniciar algum tipo de relação devocional com uma Divindade, seja de que panteão for.  

A autora do livro inspira-se na sua prática pessoal, que é bastante influenciada por práticas celtas e nórdicas, contudo, o livro pode ser utilizado por pessoas de todos os caminhos (eu sou Pagã Helénica e sinto que beneficiei muito do livro)! O livro é bastante diverso e fala de vários tipos de relacionamentos com divindades, focando-se principalmente nos três mencionados no título: Dedicado, Devoto e Sacerdote. Cada um destes tem o seu respetivo capítulo, recheado de informações e exercícios, principalmente de reflexão mas também alguns de rituais. Estes exercícios são, a meu ver, a cereja no topo do bolo porque permite ao leitor levar o conteúdo do livro da parte teórica para o campo prático do seu caminho e são uma mais valia. 

Um dos pontos que me pediram, no Refúgio, para desenvolver sobre era qual a minha opinião sobre a parte 3 do livro, em que é falado do Sacerdócio Pagão. Pessoalmente foi uma parte do livro que gostei muito! Temos poucos livros que falem abertamente do conceito de Sacerdócio Pagão e de como este se pode apresentar nas nossas comunidades e achei fantástico a autora não só referir como dar exemplos da forma como um Sacerdócio pode ser vivenciado. 

Todo o livro está recheado de citações fantásticas e que nos fazem refletir acerca da nossa relação com os Deuses e da forma como os mesmos estão presentes no nosso dia-a-dia, contudo, houve uma frase muito especial que eu adorei e que sinto que é obrigatório mencionar nesta review:

"Fully conceptualizing the scope of the gods is like trying to hold the ocean in a teacup. The ocean remains vast, but our conscious understanding of it may only be the waters we catch in our teacup. Some of us may scoop up different-tasting waters in our cups. So perhaps it is no wonder that there are many different models for devotional relationships. Some are permanent, some are not."

Tradução (por mim): "Tentar conceptualizar a total presença dos deuses é como tentar segurar o oceano em uma chavena de chá. O oceano continua vasto, mas nossa compreensão consciente dele acaba por ser apenas as águas que colhemos na nossa chávena. Alguns de nós podem apanhar água de sabores diferentes nas nossas chávenas. Portanto, talvez não seja de admirar que existam muitos modelos diferentes para relacionamentos devocionais. Alguns são permanentes, outros não."

No final de contas, e como este livro bem menciona, a nossa relação com os Deuses é mesmo isso: Nossa. E nós é que a vivenciamos e experienciamos e, tal como os relacionamentos com as pessoas em nosso redor, todas elas são relações únicas e especiais. 

E vocês? Já leram este livro? Que acharam? 

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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0