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Na Wicca existem oito principais celebrações que são denominadas de Roda do Ano. Estas celebrações seguem o percurso das estações do ano e as mudanças da Natureza ao longo de um ano.
A Roda do Ano começa, tipicamente em Yule (Solstício de Inverno) e termina em Samhain (dia 31 de Outubro). Para além das estações do ano, a Roda do Ano simboliza também uma história, a história da Deusa e do Deus da Wicca.
Em Yule o Deus nasce como a Criança da Promessa e a Deusa está na sua fase de Mãe, este momento equivale ao Solstício de Inverno em que o Sol chega ao seu ponto mais baixo e se prepara para subir nos céus novamente (existe também a história do Rei Carvalho e o Rei Azevinho). No Sabbat seguinte, que se chama de Imbolc, o Sol começa a subir mais alto no céu e as noites começam a ser mais curtas, porém, o tempo ainda está escuro. Aqui, o Deus está a crescer lentamente.
Em Ostara, o Deus já é uma criança e a Deusa está agora também como Donzela acompanhando o Deus. O dia e a noite são iguais e chegamos ao momento de equilíbrio. Em Beltaine dá-se o Grande Casamento entre a Deusa e o Deus e este consumam o seu relacionamento, trazendo fertilidade ao Mundo. É o pico da Primavera, o pico da fertilidade.
Já em Litha, o Deus e a Deusa atingem a sua maturidade e o Sol encontra-se na sua plenitude. O Solstício de Verão equivale à altura do ano em que o Sol se encontra no seu ponto mais alto e o dia é o mais longo do ano. A partir deste momento, o Deus inicia o seu percurso até morrer em Samhain.
Lughnassadh e Mabon são os dois principais rituais das colheitas. Nesta época inicia-se a colheita dos cereais e do que foi plantado ao longo da Roda. O Deus envelhece, o Sol começa a descer e a Deusa acompanha este percurso. Em Mabon atinge-se novamente o equilibrio e o dia é igual a noite. A morte do Deus está próxima.
Em Samhain, a Roda acaba, para começar novamente no Sabbat seguinte. O Deus morre e a Deusa desce ao Submundo, para encarnar na face de Anciã. O Inverno chegou.
No Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul, a Roda do Ano encontra-se (para muitos praticantes, sendo este um tema bastante sensível) invertida. Muitos praticantes optam por inverter as datas da Roda do Ano, de forma a que coincida não com as datas tradicionais mas sim com as estações do ano.