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Sob o Luar


Hoje vamos falar do conceito da Deusa Tríplice e da sua História, aproveitando para eliminar algumas ideias incorretas que existe em torno desta divindade. Antes de mais, gostaria de deixar claro que não estou a invalidar o culto da Deusa Tríplice, pelo contrário, é uma Divindade de extrema importância em vários caminhos pagãos, como é o caso da Wicca, e é uma divindade com a qual tive contacto durante vários anos. Contudo acho necessário esclarecer estas informações e fornecer recursos em Português sobre este assunto. Quando falamos destas temáticas devemos sempre recordar que idade =/= validade. O facto de algo ser antigo não significa que é mais, ou menos, válido do que práticas recentes. 

A Deusa Tríplice é um conceito de divindade em que a mesma é constituída por três faces: Donzela, Mãe e Anciã. Esta divindade, ou trio de Divindades, é representativo das "fases" da vida de uma mulher começando pela face de Donzela, onde assume o papel de uma jovem rapariga antes do seu casamento; a face de Mãe, onde é assumido o papel maternal após o casamento e após ter tido filhos e, por fim, a fase de Anciã onde assume a faceta de uma velha sábia, com os seus filhos crescidos e a aproveitar o que a sabedoria dos anos de vida lhe trouxe. É normal associar também cada uma das faces a um leque de divindades politeístas tal como Artémis para a faceta de Donzela ou Cailleach como Anciã. 

Apesar de, na Antiguidade Clássica, termos alguns exemplos de divindades Triplas, como é o caso de Hekate ou das Kharites, não temos qualquer registo de uma divindade se dividir em várias fases da vida de uma mulher. Hekate, uma Deusa bastante associada a este conceito de Deusa Tríplice é, na realidade, uma Deusa associada ao que seria o conceito de "Deusa Virgem", ou seja, uma Deusa que não é casada nem tem filhos. Temos registos de várias divindades agrupadas em grupos de três, ou mais, em vários textos tal como é o caso de Hekate-Selene-Artémis ou, até, o famoso trio eleusino de Hekate-Demeter-Persephone, contudo, estes grupos não faziam uma distinção entre as "fases" das Divindades mas eram sim agrupadas pelas suas características e mitos, como é o caso do trio Hekate-Demeter-Persephone que foi agrupado no seguimento do Mito de Persephone, contando no Hino Homérico a Deméter. 

O conceito de uma divindade singular, dividida em três fases, terá surgido com o trabalho de Jane Ellen Harrison, em meados de 1800s. O seu trabalho era baseada na permissa que, antes da Era da Bronze, existiria uma sociedade matrifocal e matriarcal. Esta teoria veio a ser mais explorada por autores como Robert Graves e Marija Gimbutas, tendo sido descreditados pela comunidade científica variadas vezes. Robert Graves e Marija Gimbutas foram duas das personalidades que deram origem a um boom deste conceito dentro das comunidades pagãs e new-age sendo que, ainda hoje em dia, é defendida a teoria de uma cultura matriarcal proto-europeia, apesar de não termos registos históricos que suportem de forma adequada esta teoria. 

Apesar de o conceito de uma divindade tripla como sendo Donzela/Mãe/Anciã ter apenas tido o seu boom em 1800s/1900s, o mesmo não deixa de ser válido nem de ser uma parte importante destes caminhos religiosos, sendo que a mesma foi absorvida por vários caminhos pagãos, como é o caso da Wicca ou do Neo-Paganismo Eclético, . O próprio Jung, o pai da psicologia analítica, utilizou o arquétipo da Deusa Tripla nos seus trabalhos e análises, mostrando o impacto que a mesma teria na psique humana, após o seu desenvolvimento. E, se a mesma foi aceite e recebida de forma tão calorosa por tantos praticantes, é porque terá validade da sua existência. Como disse anteriormente idade =/= validade, contudo, é preciso ter em atenção a sua origem e a sua criação e não nos deixar cair em fálacias incorretas ou baseadas em desinformação. 

Este artigo tem como objetivo esclarecer o conceito errado de que a "Deusa Tripla é uma Deusa Antiga Europeia" que, na realidade, não o é. Isto não faz da Deusa Tríplice uma Divindade menos válida, contudo, necessitamos de conhecer a sua história e surgimento de forma a puder honrar da melhor forma. Para interessados nesta temática recomendo vivamente lerem o Triumph of the Moon de Ronald Hutton (o link está abaixo na lista das fontes utilizadas) dado que este livro tem todo um capítulo dedicado à temática da Deusa e do culto da Deusa Tripla nos últimos 200 anos. 

E vocês? Já conheciam estas informações? 

Fontes: 
"The Triumph of the Moon: A History of Modern Pagan Witchcraft" de Ronald Hutton
"Circle For Hekate - Volume I: History & Mythology" de Sorita d'Este
"Triple Goddess (Neopaganism)" na Wikipedia

Crédito de Imagem: Pixabay (Amber Avalona)

Nome do Festival: Litha (pronuncia-se “litá”) ou Solstício de Verão
Data Tradicional: 21/22/23 de Junho (No Hemisfério Norte) ou 21/22/23 de Dezembro (No Hemisfério Sul)
Data Astrológica: Sol a 0º de Cancer (HN) ou Sol a 0º de Capricórnio (HS) 
Etimologia: O nome “Litha” remonta a uma antiga palavra anglo-saxônica para o mês de Junho e passou a ser usado como um nome wiccan para este festival na segunda metade do século XX.
Correspondências de Cores: Amarelo, laranja, dourado, verde e cores associadas ao Verão. 

Litha ou Solstício de Verão é um dos festivais da Roda do Ano Wiccana e ocorre quando o sol atinge o seu pico mais alto no céu e é o dia mais longo do ano e a noite mais curta. A partir desta data a duração dos dias começa a diminuir. As noites são curtas e tradicionalmente cheias de luzes: as estrelas brilhantes do céu noturno, os pirilampos, as fogueiras e decorações que caracterizam as ruas. Na Roda do Ano Wiccana este festival assinala o ponto mais alto do Deus e a partir do qual o Deus começa a enfraquecer até à sua morte. O fogo é divinizado e tal aspeto notasse nas fogueiras que se acendiam antigamente pelas ruas e à porta das casas como também pelas iluminações que enfeitam as cidades. É uma forma de simbolizar a força do Sol que, apesar de começar a declinar, continua nos próximos meses a iluminar o céu e a aquecer a terra.

Um elemento típico do Paganismo moderno nesta celebração é a celebração da transferência de Poder do Sol do Rei Carvalho para o Rei Deus Azevinho, num modelo que o casal Farrar tornou famoso. Esta celebração é vivida por uma luta entre os dois princípios do Sol: O Princípio de Vida (Rei Carvalho) - o Sol esta no seu auge e brilha no céu proporcionando dias mais longos - que tem a duração de 6 meses – de Yule a Litha – e o Princípio da Consciência (Rei Azevinho) - em que os dias começam a diminuir e a sombra instala-se - que vai de Litha até Yule.

Uma das celebrações típicas deste festival é a criação de fogueiras e de danças em torno das fogueiras. Esta é uma excelente atividade, principalmente para quem festeja em família ou em pequenos grupos. Pode ser feita uma fogueira grande à volta da qual se pode dançar, partilhar histórias, cantar, partilhar comida e mais tipos de convivência entre praticantes. Dado esta ser a noite mais pequena do ano, é comum ficar a noite toda acordado a celebrar este festival e, no dia a seguir, ver o Sol nascer e sentir a energia solar que começará a diminuir a partir deste dia. É também um bom festival para começar trabalhos para largar coisas que já não nos servem, culminando, posteriormente, no Samhain onde é o momento ideal para estes trabalhos. Podem, nesta altura, começar a serem feitas as bases para concluir em Samhain. Esta é uma celebração também muito associada aos Povos das Fadas e a Elementares, como tal, podem ser também realizados trabalhos de contacto com os mesmos, sempre com os devidos cuidados. 

Quanto ao altar, este deve ser decorado com cores da época (amarelos, vermelhos, brancos, etc.) e também, se o praticante assim preferir, com flores e símbolos do Festival (Roda com fitas coloridas amarradas, símbolos de aves ou de animais com chifres e talismãs relativos ao Sol). 

A nível de alimentação e correspondências alimentares, não vou desenvolver muito dado que temos todo um artigo dedicado a esta temática no Bruxaria de Cozinha e Litha que aconselho vivamente a lerem e tirarem algumas ideias para as vossas celebrações! 

E vocês? Como celebram este Solstício? 

Nota: Existe um grande debate nas comunidades pagãs por detrás do uso das palavras Mabon/Ostara/Litha. Para fácil acesso por iniciantes optámos por manter a denominação neste artigo, contudo, aconselhamos a leitura deste texto e deste texto para esclarecimentos adicionais. 

Crédito de Imagem: Unsplash (Tobias Tullius) 

Hoje voltamos a falar do Pêndulo e vamos falar sobre como escolher e consagrar um pêndulo, para iniciarmos a nossa jornada de trabalho pendular. 

Á semelhança do Tarot e do que falamos no artigo sobre Como Escolher um Baralho, sou da opinião que a intuição é das melhores ferramentas que podemos usar para nos ajudar a fazer esta escolha. Existem milhares e milhares de pêndulos de vários formatos, materiais, fontes, etc. A escolha é imensa e isso pode dificultar o nosso processo, levando-nos a pensar coisas como "estarei a escolher o correto?", "e se o outro fosse melhor?", entre outras questões. 

Primeiro gostava de esclarecer a ideia de que apenas podem ter um pêndulo. NÃO é verdade! Podem ter vários pêndulos, cada um com o seu propósito. Por exemplo podem ter um pêndulo para falar com divindades, um pêndulo para trabalho oracular, outro pêndulo para trabalho divinatório, um pêndulo para trabalhos de cura, etc. Não se sintam limitados e obrigados a escolher apenas UM pêndulo para usar para tudo. Não tem problema em haver vários. 

Assim sendo, e agora que já temos este ponto estabelecido, vamos falar sobre como escolher os pêndulos. O primeiro passo é definir qual o uso que o pêndulo vai ter. Isto permite-nos escolher o tipo de material que queremos que o pêndulo tenha. Por exemplo, se for um pêndulo para trabalhos devocional, é uma boa ideia termos um pêndulo feito de um material que tenha ligação às divindades com as quais vamos trabalhar com aquele pêndulo. Desta forma estamos a honrar as divindades e, ao mesmo tempo, a utilizar o nosso conhecimento das suas correspondências para o trabalho devocional. 

De seguida, temos de ter em conta o custo/materiais. Como falamos anteriormente os pêndulos podem ser várias coisas, por isso, não se sintam limitados a gastar imenso dinheiro em pêndulos de cristais raros ou coisas do género, porque não é de todo necessário! Aliás, se virem que preferem pêndulos de madeira, até podem ser vocês próprios a criar o vosso pêndulo, arranjando um pedaço de madeira e moldando o mesmo para o formato de um pêndulo. A mesma coisa com pêndulos feitos de cerâmica ou outros materiais moldáveis. 

Após escolhermos e termos obtido o nosso pêndulo temos de garantir que o limpamos e consagramos. Se, por ventura, o pêndulo tiver sido feito por nós, este passo pode ser saltado se tivermos incluído a consagração ou infusão de energias no processo de criação. Fica ao critério de cada praticante, como é óbvio. Supondo que o pêndulo foi comprado numa loja ou a terceiros, aí, necessitamos de garantir a limpeza do mesmo. Esta limpeza pode ser feita com água e sal, incensos, defumação de velas, entre outros métodos de limpeza. Já falamos anteriormente aqui no blogue sobre Métodos de Limpeza, seja para cristais ou métodos gerais, pelo que recomendo darem uma leitura nesses conteúdos.

Por fim, no que diz respeito a consagrar ou programar nosso pêndulo existem várias técnicas. Pessoalmente, independentemente do material de que é feito eu gosto de usar a mesma técnica que uso para programar Cristais e que já falei anteriormente nesta postagem. Por isso, recomendo dar uma leitura à mesma. Se quiserem, podem também consagrar utilizando um método genérico de Consagração de Instrumentos, o qual também temos disponíveis. Esta consagração/programação vai depender muito do uso que pretendemos dar a esta ferramenta e está muito dependente da prática de cada um. Sintam-se à vontade para improvisar conforme a vossa intuição vos disser. 

E vocês? Qual o vosso pêndulo favorito? 

Crédito de Imagem: Unsplash (Ralph (Ravi) Kayden)

Este ano o Hekate Symposium aconteceu na sua primeira edição 100% online nos dias 22 e 23 de Maio! Eu (Alexia) tive o prazer de estar presente como voluntária e a assistir às palestras e cerimónias que ocorreram ao longo destes dias, com eventos extras nos dias 20 e 21 (quinta e sexta). Assim sendo gostaria de fazer a cobertura deste evento e agradeço imenso à Sorita d'Este pela oportunidade não só de participar como voluntária mas também por me deixar cobrir o evento. 

Tivemos vários eventos ao longo dos quatro dias que constituíram o Hekate Symposium: Dois dias extras (quinta e sexta) com conteúdos variados e apresentação de filmes e vídeos feitos por devotos e, claro, os dois principais dias do Symposium com várias palestras e conteúdos extras como conversas sobre Devoção entre vários devotos de Hekate e outros.

O programa do Hekate Symposium 2021 foi:

Quinta-feira

Abertura e boas-vindas por Sorita d'Este. Inclui uma introdução à Deusa Hekate com imagens de diferentes lugares e épocas de sua longa história.

Hino Homérico a Deméter, recitado por Emily Carding

Filme: "Hekate Rising" de Carrie Kirkpatrick

Orpheus in Tartarus by Orryelle Defenestrate-Bascule

Skin Surface Substance by Orryelle Defenestrate-Bascule

Magical Gems and Jewellery by Dr Caroline Tully

Opinião: Quinta-feira foi um fantástico primeiro dia deste evento. O Hino Homérico a Deméter foi, sem dúvida, dos pontos altos deste Symposium e Emily Carding é simplesmente divinal e fantasticx! Os filmes transmitidos (tanto de Carrie Kirkpatrick como de Orryelle) foram belíssimos, tendo sido transmitidos também na sexta a seguir dado terem sido muito solicitados pelos participantes. Por fim, tivemos uma fantástica palestra com Dr Caroline Tully sobre gemas e cristais mágicos e a sua ligação com divindades e com Hekate, muitas aprendizagens! 

Sexta-feira

Meditação de Abertura com Magin Rose

How to speak the language of the Gods by Dr Sasha Chaitow

Hekate’s Auguries with Arabela Jade & Drayk Benfield

A dialogue with Jeff Cullen

Orpheus in Tartarus by Orryelle Defenestrate-Bascule

Skin Surface Substance by Orryelle Defenestrate-Bascule

Como foi o dia?: À semelhança de quinta-feira, neste dia tivemos também várias transmissões de filmes e conteúdos. Houve também uma palestra com Dr Sasha Chaitow que foi fascinante sobre a linguagem dos Deuses e, acima de tudo, do grego antigo e línguas semelhantes. Outro dos pontos altos do Symposium ocorreu nesta sexta-feira quando a Sorita d'Este teve a oportunidade de estar a falar com Jeff Cullen, um fantástico artista e ocultista dedicado a Hekate que recentemente lançou o livro Liber Khtonia, que esgotou rapidamente em capa dura e está quase a esgotar de capa mole! 

Sábado

Introdução e Orientação

Bênçãos do Início do Symposium por Magin Rose 

A Place of Worship by Georgi Mishev PhD

Many Named Mother of the Gods by Sorita d’Este

Making Revelation and Research Rhyme by Jason Miller

Navigating the Pandemic Year by Caroline Wise & Carrie Kirkpatrick

Following Her Torches by Christina Moraiti

The Balkan Mysteries of Hekate by Georgi Mishev PhD

Como foi o dia?: Este foi o "primeiro dia oficial" do Symposium e foi um dia genial! Recheado de palestras e recursos fascinantes, começamos com uma pequena cerimónia conduzida por Magin Rose que foi lindíssima e seguimos para a primeira palestra, cortesia de Georgi Mishev que nos apresentou um templo aos Deuses Antigos, principalmente Hekate e Dyonysos, na Búlgaria. Um espaço lindíssimo para todos os praticantes da zona. De seguida, tivemos uma pequena conversa com Sorita d'Este sobre o papel de Hekate como a "Deusa dos Vários Nomes". Logo a seguir tivemos uma palestra fascinante dada por Jason Miller, um dos grandes membros e professor de vários cursos inclusive ligados a Hekate, sobre Revelações Pessoais e sobre técnicas de pesquisa para ajudar no nosso caminho. Após Miller, tivemos Caroline Wise e Carrie Kirkpatrick que nos trouxeram uma pequena palestra sobre navegar a pandemia enquanto bruxos e pagãos e um pequeno ritual, de oferendas a Hekate. Em penúltimo lugar, neste dia cheio de recursos, veio a palestra de Christina Moraiti que eu, pessoalmente, adorei. Estou familiarizada com o trabalho da Christina e fico muito contente por ter oportunidade de partilhar com outras pessoas o trabalho que está a desenvolver, em que está a reunir todos os museus, sites arqueólogicos e lugares onde haja representações de Hekate, pelo mundo fora, e condensar toda essa informação num Google Maps. Para terminar o dia, voltamos a Georgi Mishev que nos fala da ligação de Hekate com a Penísula Balcã e as suas tradições e histórias. Como podem ver, foi um dia muito recheado e cheio de informações! 

Domingo

 Neste dia estava planeado a celebração do Rito dos Fogos Sagrados para os participantes do Symposium, contudo, devido a dificuldades no agendamento dos participantes esta celebração foi reagendada para o dia 26 de Maio (quarta-feira a seguir) e neste dia acabamos por ter uma conversa sobre Devoção e o que significa a Devoção para vários participantes do Symposium, voluntários e membros do Covenant of Hekate. 

Opening Ceremony – Gio Diaz

African Hekate by Jack Grayle & Dearthrice DeWitt

The Orphic Melinoe by Karin Rainbird

A Guide to Grimoiring by Jake Stratton Kent

Hekate Ophioplokamos, Gorgo & Medusa by Mat Auryn

Hekate & Shakespeare’s Magic by Emily Carding

E, por fim, terminamos com um belíssimo ritual organizado pelo Sanctuary of Hekate Soteira em que foram feitas oferendas e agradecimentos à Senhora Hekate e, ao mesmo tempo, apresentada a nova estátua do Santuário. Foi um ritual belíssimo e muito emotivo, sem dúvida! 

Como foi o dia?: Domingo foi o último dia desta aventura e, apesar de termos tido algumas dificuldades técnicas ao longo do dia, não deixou de estar cheio de informações fantásticas e palestras fascinantes. Começamos, perto da hora de almoço em Portugal, com uma pequena conversa (na qual tive o prazer de participar!) sobre o que significa devoção e como é que manifestamos a nossa devoção a Hékate no nosso dia a dia e no nosso trabalho para as comunidades. Foi muito interessante ver a opinião e a forma como vários praticantes expressam o seu amor e dedicação à Senhora nos seus caminhos. Umas horas depois, após o almoço, começamos com uma cerimónia de abertura por Gio Diaz que foi belíssima e muito poderosa, a melhor forma de começar este domingo! A primeira palestra do dia foi de Jack Grayle e Dearthrice DeWitte sobre a presença de Hekate na África e na época do Egipto Romano, na antiguidade tardia, e acerca das suas tradições e práticas locais, foi fascinante ouvir esta palestra e, acima de tudo, as recitações de textos por parte de Dearthrice DeWitte! Logo de seguida passamos para Karin Rainbird que nos veio falar de sobre Orfismo e Melinoe, o que poderá ter sido um nome para Hekate dentro do Orfismo! Foi uma excelente palestra, recheada de conhecimento novo. A terceira palestra do dia foi da autoria de Jake Stratton Kent em que se falou sobre Grimoires e Hekate e a forma como pode ser desenvolvido o trabalho com Hekate e o trabalho de criação de Grimoires e outros instrumentos semelhantes. Após uma pequena pausa para refeição, voltamos com uma das palestras altas do Symposium da autoria de Mat Auryn onde aprendemos sobre a ligação entre Hekate e as Gorgons e a Medusa, os seus mitos e pontos onde se conectam e ficamos a saber um pouco mais sobre a forma como estas entidades podem ser exploradas em conjunto. E, para terminar em grande, tivemos Emily Carding que nos falou da presença de Hekate nos textos de Shakespeare e, devo dizer, foi um espanto descobrir todas estas conexões e presença de Hekate em vários textos do autor e nas suas histórias. Foi um verdadeiro abre olhos! Por fim, terminamos com o ritual organizado pelo Sanctuary of Hekate Soteira, que falei em cima. 

Conclusão: Sem me deixar influenciar pelo facto de ter tido a oportunidade de participar como voluntária neste evento, este evento foi simplesmente divinal. Foi um Symposium recheado de palestras, de informação, vários recursos disponibilizados no grupo de Facebook exclusivo para participantes onde houve possibilidade de interagir com os palestrantes e artistas que tiveram presentes e, claro, os vídeos e recursos ficam disponíveis para consulta após o evento para quem quiser rever. Foi, sem dúvida, uma experiência fantástica e mal posso esperar pelo próximo! 

E vocês? Foram? O que acharam? 

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Sob o Luar by Alexia Moon/Mónica Ferreira is licensed under CC BY-NC-ND 4.0