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Sob o Luar

Pixabay (komahouse)
Lançar Tarot e trabalhar com o Tarot são coisas extremamente interessantes de fazer na prática mágica e até para quem nem pratica Bruxaria nem Paganismo. O Tarot, como vimos no artigo de História do Tarot, já existe à imensos séculos e existem mil e uma formas de trabalhar com ele desde caminhos individuais, caminhos associados a baralhos específicos como Thoth ou o Raider-Waite ou até o Caminho do Tarot. Neste artigo falo de algumas dicas que, pessoalmente, acho que auxiliam qualquer praticante que esteja a começar a trabalhar com o Tarot e até pode ser útil para quem já trabalha com esta arte à muito tempo!

Começando então pelas dicas que tenho para vocês:

  • Não devemos repetir perguntas
Esta é um dos principais conselhos que dou a nível de Tarot é não repetir perguntas. Não só é contra-produtivo pois já temos a resposta como também é desnecessário. Costumamos ter a tendência, após fazer uma leitura, em repetir a pergunta por vários motivos: ou para garantir que a resposta está certa, ou porque não compreendemos bem, ou apenas para reler novamente. Isto não é boa ideia. Apenas recomendo repetir perguntas muito pontualmente e de forma reformulada e somente em situações em que não tenha compreendido mesmo a resposta (preguiça de pensar no que significa não está incluído!) e, mesmo assim, se puder evitar ainda melhor. Algo que notei que acontece, e muita gente fala do mesmo, é que se forçarmos o Tarot a repetir as coisas muitas vezes ele começa a dar respostas incoerentes ou então sai uma resposta como se o próprio baralho estivesse a ralhar connosco! :)

  • O Tarot não é um método de prever o futuro
Este é algo que surge muitas vezes em conversas e ainda hoje expliquei a uns colegas. O Tarot não prevê o futuro. Aliás o futuro não pode ser previsto porque ele está em constante mudança. Como os nossos avós diziam "A única certeza na vida é a morte" isto porque nada é certo e tudo depende das acções e reacções que levam até determinado momento. O Tarot mostra-nos as variáveis. Ou seja estamos no ponto D e para lá chegar passamos pelo ponto A, B e C e fazemos um lançamento para saber o que esperar nos próximos três ou seis meses, por exemplo. O Tarot, claramente, vai indicar que no futuro temos o ponto E. Mas imaginemos que não queremos o E, que o E representa algo que não gostamos ou que estamos insatisfeitos com a nossa vida atualmente e preferíamos estar no ponto H. Cabe a nós próprios tomar as rédeas na nossa vida e mudar, agir, transformar. O que o Tarot diz não é regra, apenas é o mais provável. Tudo pode ser mudado, tudo se transforma. Por isso se o Tarot disser que vai ficar no emprego em que está durante mais dois anos mas você detestar esse emprego, procure outro e saia! Nada o impede excepto as circunstâncias à nossa volta e, acima de tudo, a nossa própria mente.

  • O ambiente e a preparação são chaves para o sucesso
Lançar cartas de tarot numa estação de metro movimentada, com imenso barulho à volta, fumos e cheiros que nos distraem não é apropriado. É necessário e aconselhável estabelecer uma rotina para lançar as cartas. Por exemplo eu, pessoalmente, tenho uma rotina para cada baralho. Com a versão de bolso faço de uma forma e com o meu baralho normal faço de outra. Como o de bolso é para viagens ou deslocações ou até momentos de emergência tento ser mais prática com esse e, com o baralho normal, tenho todo um procedimento com velas, incensos, toalha para lançar cartas, etc que faço. O ambiente e o estado de consciência são essenciais para assegurar bons resultados. Medite um pouco antes de lançar o baralho ou pelo menos centralize e foque-se no momento e no que está a fazer. Sinta as cartas e as suas energias nas suas mãos, foque-se. Desvie a mente da vida atarefada, da lista de compra ou da lista de tarefas. Foque-se na pergunta que está a fazer, acenda um incenso ou uma vela, estenda uma toalha. Se sentir necessidade tenha um cristal próprio consagrado para auxiliar no Tarot ou para manter as energias equilibradas no momento do lançamento. Mas garanta apenas que está no mindset necessário para a tarefa que está a desempenhar, não só por respeito a quem está a ser alvo de leitura mas também por respeito ao próprio baralho em si.

  • Manter registos
Principalmente para quem está a começar a estudar Tarot e a iniciar o trabalho com os baralhos eu acredito que manter um registo de todas as tiragens é essencial. Não só porque permite analisar o seu próprio desenvolvimento e o que tem vindo a melhorar mas também porque permite manter um registo prático para situações em que já não se recorda bem de qual foi a resposta de uma tiragem de à três meses atrás (e, também, é fascinante lançar as cartas para os próximos três meses, por exemplo, e após esse período voltar atrás e ler o que foi previsto e comparar com a realidade de como correu aqueles meses. Coincidiu? O que mudou? O que se esforçou para mudar?). Isto é também prático para lançamentos de cartas para outras pessoas que possam vir questionar sobre tiragens que você tenha feito para elas e as mesmas não se recordem. Outro motivo porque é essencial apontar as respostas do Tarot é porque o Tarot pode falar de forma meio encriptada e, no momento, não compreendermos a resposta (tal como indicado em cima, se possível, evitar lançar novamente sobre a mesma pergunta) então apontemos qual foi a resposta, mesmo que não a compreendamos. Isso fará com que no futuro as restantes peças do puzzle surjam e, eventualmente, a resposta que o Tarot deu vai acabar por fazer todo o sentido! Por isso aconselho a ter um pequeno caderno dedicado às tiragens de Tarot, coloque a data e hora em que foi feita a tiragem, qual a pergunta e qual a resposta. Se quiser até pode depois fazer jogadas com as tiradas e as horas astrológicas mas isso é algo mais complexo e fica ao critério do próprio praticante.

  • Ligação com o Baralho
Algo que já falei em artigos anteriores e que reforço neste é que é essencial estabelecer uma ligação com o nosso próprio baralho. Isto pode ser feito através de meditação, através da Jornada do Louco (mais informações no Fórum da TCS) ou até apenas pelo uso regular do próprio baralho. Eu vejo meus baralhos como meus conselheiros, quase como se fossem entidades próprias a quem recorre a solicitar orientação e conselhos. Não estou a dizer que toda a gente deve encarar esta prática dessa forma, longe disso! Apenas que uma conexão com o seu baralho, como ele funciona, como as cartas são, o que representam, quais as simbologias, desenhos e pequenos detalhes essenciais à leitura é que existem. O tentar largar o livrinho de auxílio e intuitivamente saber o que cada carta representa e como o seu significado é alterado ao estar junto a outra carta. Como as combinações de cartas divergem do significado individual de cada carta. Como cada carta é constituída. E todos os outros cenários essenciais à compreensão do baralho. Isto é importante no trabalho com as cartas.


Outras coisas que pode fazer para ajudar no lançamento do Tarot (principalmente em análise de situações complicadas ou externas e que envolvem maior concentração) é banhos de limpeza e de energização, contacto com divindades associadas a métodos divinatórios (Hekate, Hermes, etc.) para facilitar a tiragem, queimar incenso ou óleos aromáticos para ajudar a entrar no mindset necessário, etc. Existem imensos truques pessoais que vai acabar por adquirir ao longo da sua prática e que irão facilitar todo o trabalho com o Tarot que desenvolve.

E, como se costumava dizer antigamente, a prática leva à perfeição por isso vamos começar a conectar com o nosso baralho (se ainda não sabe como escolher um baralho, leia o nosso artigo "O Tarot: Como Escolher um Baralho") e começar este caminho fascinante que é o mundo do Tarot.


"Em uma área encravada na zona rural do município de José de Freitas, interior do estado do Piauí, no nordeste brasileiro, a Vila Pagã é uma comunidade formada por colonos pagãos, reunidos em prol do desenvolvimento social e econômico da região, com o objetivo de preservar as tradições pagãs na atualidade."

Localização: Munícipio José de Freitas, Piauí, Brasil
Coordenadas: 4°52'57.5"S 42°41'27.7"W
Contacto: rafaellugh@gmail.com Rafael Nolêto (Coord. Vila Pagã/ Administrador Geral VP)
Site Oficial: http://vilapaga.blogspot.pt/
Página de Facebook: https://www.facebook.com/pg/VilaPaga/

A Vila Pagã é um local de destaque no Paganismo brasileiro e creio que merece lugar aqui no nosso blog! Fundada e criada por Rafael Nolêto (fundador do antigo Jornal "O Bruxo" que muitos conheceram) a Vila encontra-se no nordeste brasileiro, no estado do Piauí numa zona rural do município José de Freitas e é constituída por sete hectares. O acesso ao local é bastante fácil e conta com visitantes tanto brasileiros como internacionais. Apesar de partes da Vila ainda se encontrarem em construção a mesma já está aberta ao público para visitar e é local de organização de vários eventos, incluindo alguns abertos ao público em geral! Na página de Facebook, inclusive, temos a listagem de algumas celebrações como as recentes Celebração da Festa das Almas 2016 e a Celebração da Festa da Carnaúba 2016, entre muitas outras organizadas no passado desde 2014!

Esta colónia tem várias missões sendo que as principais são a integração dos pagãos e a preservação cultural da tradição pagã local, denominado Paganismo Piaga. O culto a divindades deste ramo do Paganismo, celebrações do mesmo e costumes estão muito presentes em toda a Vila, tanto a nível decorativo e estético como também a nível dos eventos e celebrações realizadas no local. Este detalhe, o foco no culto das tradições locais, é de louvar pois não só permite a difusão de conhecimento sobre tradições e culturas já quase esquecidas mas também reaviva a chama de culto a Divindades e o estudo e paixão pela área onde se vive e de onde são as raízes de cada um.

O fundador, coordenadores e o conselho de secretários da Vila definiram como bases do projecto da Vila Pagã os seguintes pontos importantes: 
  • A valorização do culto Piaga;
  • O respeito ao meio ambiente;
  • O incentivo ao empreendedorismo, como factores fundamentais para a consolidação da economia, sustentabilidade e organização ideológica da comunidade.
A Vila é um espaço que tem como pilares o desenvolvimento da espiritualidade, da ecologia e da integração social. Este é um espaço simplesmente fantástico e recomendo a leitura atenta do site oficial e, em destaque, a página de Princípios onde podem verificar todos os princípios que regem o funcionamento desta comunidade pioneira no Paganismo Brasileiro que luta por uma comunidade pagã inclusiva, sem dependências, harmoniosa e onde o culto aos Deuses e o trilho pagão sejam caminhos a seguir para o desenvolvimento pessoal e a felicidade de cada um.

Por fim, a bandeira da Vila Pagã, conforme mostra na imagem abaixo, tem o seu próprio simbolismo e, como indica no site oficial (pois quem melhor do que quem criou a explicar?):


"As folhas representam as vertentes pagãs, que apesar das diferenças, são unidas por um mesmo galho (ou seja, as características básicas do paganismo), disposto como uma coroa de louros, simbolo da vitória e da cultura clássica pagã. O pentagrama aqui simboliza o próprio homem, com o pensamento conectado ao poder divino, com os braços abertos para abraçar o conhecimento, e com os pés firmados no chão, ou seja, consciente de seu papel na Terra, como um instrumento divino. Além disso, também representa a magia da natureza e dos quatro elementos básicos, em equilíbrio com o espírito."

Por isso já sabem: Se estiverem de visita pelo Brasil ou pelo estado de Piauí contactem a Administração da Vila Pagã e façam uma visita a este espaço fantástico, único no Brasil e raríssimo de encontrar no mundo de hoje. Dedique algum do seu tempo a explorar novos caminhos do Paganismo e novos locais, conhecer novas culturas e novos espaços. Visite a Vila Pagã e conheça um local inesquecível. 
Pixabay (art-of-joan)
Uma das principais questões para quem está a começar a trabalhar com o Tarot é qual o baralho escolher e como escolher um baralho. Este artigo tem como objectivo responder a estas questões e ajudar quem está à procura de um baralho, seja ele o primeiro ou apenas mais um para a colecção!
Existem vários pontos a ter em conta quando adquirirmos um baralho para trabalhar com ele, que são:

  • Siga a Intuição
  • Tradicional ou Moderno?
  • Veja a Arte dos Baralhos
  • Tamanhos
  • Iniciante ou Experiente?
  • Qual o uso para o Tarot?
  • Qualidade e Preço
Vamos analisá-los um a um.

  • Siga a Intuição
Esta é a forma mais certa de ter um baralho com o qual se goste de trabalhar. Por exemplo, no meu caso, é raríssimo arranjar um baralho com o qual eu consiga trabalhar porque não me identifico com as cartas e detesto ter de andar a ler o "livrinho" cada vez que faço uma tiragem até porque acabo por ter dificuldade em decorar os significados. Mas há um baralho que, para mim, é instantâneo que é o Pagan Tarot. Eu lanço e sei logo, só de olhar, ler exactamente o que está lá. Tive uma conexão imediata com este baralho e consigo trabalhar rapidamente e eficazmente com ele. Mas, por exemplo, se tiver de usar um Baralho de Marselha não consigo, simplesmente não dá.

A ligação com o nosso baralho é essencial pois permite-nos um trabalho mais fluído e mais ligado ao próprio Tarot. Ao invés de se tornar um lançamento torna-se uma conversa entre nós e o baralho, como se ele tivesse vida própria, personalidade própria e nos aconselha-se. Eu considero o meu Tarot um "amigo conselheiro" pois estabeleci um fantástica ligação com ele, dada a conexão que tenho o baralho.

Veja vários baralhos (existem sites como Aecletic Tarot que permitem investigar os baralhos existentes e até ter uma pré-visualização das cartas que fazem parte do mesmo) e veja qual lhe atrai mais, qual chama mais a atenção. Depois investigue sobre esse baralho e se realmente sente a ligação com ele. Caso sinta, força nisso então!

  • Tradicional ou Moderno
 Outro passo importante é entender que tipo de baralho quer. Algo mais tradicional como o Rider Waite ou o Tarot de Thoth? Ou talvez até o Tarot de Marselha? Ou será que prefere algo mais moderno como o Tarot das Fadas ou o Tarot Pagão? Existem imensos decks hoje em dia no mercado, alguns mais tradicionais com imagens clássicas (cavaleiros, símbolos medievais e antigos, etc.) e imagens mais modernas (carros, computadores, etc.). Um dos pontos principais é também estabelecer com o que se sente mais confortável: moderno ou tradicional? Investigue os tarots e as suas imagens para entender qual a sua preferência.

  • Veja a Arte dos Baralhos
No seguimento do ponto anterior é importante também gostarmos da arte dos nossos baralhos. Há quem tenha, por exemplo, vários baralhos com diferentes usos para cada um deles. O de Thoth para auto-conhecimento por exemplo. O de Marselha para adivinhação. O das Fadas para ligação com o povo das Fadas. É importante gostar da arte do nosso baralho, dos desenhos e do trabalho do artista que dedicou tempo a personalizar e criar aquelas imagens.

  • Tamanhos
Sei que este ponto pode parecer estranho para alguns mas existem vários tamanhos de baralhos. Por exemplo, no meu caso, tenho o Pagan Tarot em duas versões: uma versão pequena (versão de bolso) para quando vou viajar ou para algum sítio que queira levar o baralho de forma discreta e tenho a versão em tamanho grande, normal, para estar no meu altar e para trabalhos mais complexos ou sessões mais aprofundadas e localizadas. Existem diversos tamanhos de baralhos e até da espessura do material de que é feito as cartas. É importante garantir que o tamanho do baralho é um tamanho ao qual nos adaptamos pois é fulcral que consigamos baralhar as cartas sem que elas saltem ou caiam (no meu caso demorei imenso tempo a habituar-me à versão grande do meu baralho pois já estava tão acostumada ao versão de bolso).

  • Iniciante ou Experiente?
Para quem está a começar é importante ter em conta o tipo de baralho que está a escolher. Como falado no Thoth vs Waite o baralho de Thoth, por exemplo, é um baralho bastante complexo para quem está a começar. Por vezes é preferível escolher um baralho mais simples ou até que venha com um bom livro a acompanhar de forma a se iniciar no trabalho com o Tarot. O começo da aprendizagem do Tarot com um baralho mais complexo pode levar a uma frustração e eventualmente a desistir do trabalho com a arte do Tarot ou até a nunca mais decidir pegar no baralho devido à primeira má impressão. Tenha sempre em conta a complexidade do baralho, é preferível começar com um simples e mais tarde avançar para algo mais avançado, se assim desejar.

  • Qual o uso para o Tarot?
Como falei à pouco há quem tenha vários baralhos para diversos usos e há quem use apenas um baralho para várias coisas. É importante, ao escolher o baralho, saber qual o uso que vamos dar e adaptar o baralho ao respectivo uso. É um baralho para melhorar a ligação com um Elemental específico, para comunicação com esse elemental? Então talvez seja preferível escolher um baralho cujas imagens e Arte esteja, de alguma forma, relacionada com este uso. O uso será mais dedicado ao auto-conhecimento e desenvolvimento próprio? Algo mais semelhante ao Tarot de Thoth ou um baralho mais abstrato poderá ser o ideal. E se for para previsões e consultas? Algo mais claro e com o qual consigamos ler claramente as suas mensagens. Adapte sempre o tipo de Tarot ao uso que lhe está a dar ou, se preferir, escolha um baralho que lhe chame mais a atenção e com o qual mantenha uma ligação mais profunda e adapte a sua prática a ele, no que precisar de o usar claro.

  • Qualidade e Preço
Por fim, a qualidade é essencial num baralho, principalmente se queremos que ele seja utilizado durante bastantes anos. Mais vale pagar um pouco mais e ter um baralho de boa qualidade e que dure longos anos do que pagar pouco por um baralho cuja qualidade faça com que se deteriore em poucos anos ou até meses! Investir num bom baralho é sempre algo ideal, ainda mais no começo. Confirme bem onde faz a compra e que o vendedor é de confiança, leia críticas e avaliações ao produto antes de comprar caso seja online ou, se for numa loja física, toque nas cartas e veja a espessura da página, a qualidade do material, etc. Garanta que é uma compra que valha a pena. Após adquirir o Baralho confirme que o guarda num local seguro e sem humidade. Se possível arranja até uma bolsa ou uma caixa para o guardar, a manutenção é a chave para um baralho duradouro.

No fim a escolha é sempre sua. Escolha de forma informada e decidida e, acima de tudo, escolha o que for melhor para si, aquele que sentir ligação e sentir que é o ideal para o uso destinado. Há imensos baralhos à venda é uma questão de começar e escolher o baralho (ou baralhos...) certo para si! :)
Pixabay (_Alicja_)
A história do Tarot é complexa e confusa sendo que as suas origens são meio complicadas de traçar. Hoje vamos falar um pouco sobre a História do Tarot para que tenhamos uma ideia de onde vem esta prática. Não é obrigatório o praticante saber exactamente a história do Tarot mas... saber não ocupa lugar, pois não? :)

As cartas de jogar surgiram pela primeira vez no século XIV na Europa com os naipes Paus, Ouros, Espadas e Copas que ainda hoje são usados como naipes nas cartas de jogos em Portugal, Itália e Espanha e são muito semelhantes aos naipes dos baralhos de tarot. O primeiro baralho registado remonta ao período entre 1430 e 1450 em Milão, Ferrara e Bolonha quando cartas com desenhos foram adicionadas aos baralhos tradicionais. Estes novos baralhos eram chamados de "Carte da Trionfi" ou seja Cartas do Triunfo e encontram-se registadas em documentos de tribunais datados de 1440. Os baralhos mais antigos encontrados são de uma família chamada Visconti-Sforza e são considerados os antepassados dos actuais baralhos de Tarot. Acredita-se que estes baralhos foram originalmente criados apenas como método de diversão para a nobreza italiana e não como método divinatório, sendo que inclusive eram retiradas cartas dos baralho (como a Morte, o Diabo e a Torre) que eram consideradas ofensivas e quase fizeram com que os baralhos fossem banidos pela Igreja!

Os primeiros tarot eram feitos à mão e, como tal, eram em números muito reduzidos sendo que o baralho mais famoso que sobreviveu desta época foi o Tarot de Marselha que ainda hoje é utilizado por praticantes. Também o baralho associado à familia Visconti-Sforza sobreviveu até aos dias de hoje estando guardado num museu. A primeira menção de cartas pintadas com desenhos é entre 1418 e 1425 em que é descrito, por Martiano da Tortona, um baralho com 16 cartas com Deuses Gregos e a naipes a representar quatro tipos de pássaros. Mais tarde foram adicionados motivos às cartas relacionados com filosofia, sociedade, política e astronomia.

O nascimento do Tarot como método divinatório é associado a Antoine Court de Gélebin em 1781 em que o mesmo defendia que a origem dos tarot era egipícia e que as representações nos Triunfos eram referentes ao conhecimento perdido do Deus Egípcio Thoth. Foi a partir deste momento que as pinturas e desenhos das cartas foram evoluindo e novos símbolos adicionais às mesmas. Acredita-se que muitas das mudanças nas cartas foram feitas pelas sociedades secretas que produziam os baralhos. Porém o primeiro uso das cartas como método divinatório ficou também associado a Jean-Baptiste Alliette, mais conhecido como Etteilla em 1770. Foi o primeiro a publicar o significado divinatório das cartas (e apenas trinta duas cartas com mais uma à parte) foram incluídas na edição. Mais tarde foram introduzidas mais cartas que dariam origem aos baralhos de Tarot actuais.

A ideia de que a origem do Tarot seria egípcia manteve-se e foi desenvolvida ao longo dos tempos e nem a descoberta da Pedra de Roseta impediu esta teoria que veio ainda ser mais alimentada com a ideia de que o povo Romani ("ciganos") seriam originários do Egípto e tinham trazido o Tarot com eles para a Europa. Só mais tarde, já no século XIX, com Eliphas Lévi é que foi estabelecida a ligação entre o Tarot e a Kabbalah: O sistema Hebreu de Misticismo. Isto originou uma nova crença que a origem do Tarot estaria em Israel e que continha a informação da Árvore da Vida e que cada carta seria uma chave de acesso ao conhecimento. A posição do Tarot ao longo do século XIX e XX foi assegurada por várias ordens como a Theosopical Society, a Hermetic Order of the Golden Dawn, a Rosa Cruz, a Church of Light e Builders of the Adytum. Com o começo da exploração da Espiritualidade em 1960 o lugar do Tarot ficou garantidamente assegurado nos Estados Unidos da América e tornou-se famoso como é hoje!

É de recordar que hoje em dia o formato de tarot mais conhecido é o Rider Waite (conforme falado no nosso artigo "O Tarot: Thoth vs Waite") que veio marcar o Tarot, tornando-se o formato mais conhecido e usado do século sendo rico em simbolismo e fácil de compreensão dada a natureza da sua arte e símbolos.

Assim sendo vemos que as origens do Tarot são complicadas e confusas e muitas teorias existem sobre a sua origem e ensinamentos mas, o que interessa acima de tudo, é o que nós próprios aprendemos com as cartas pois o Tarot não serve só como método divinatório mas também como método de auto-conhecimento e de aprendizagem. O que será que o Tarot tem para nos ensinar, ao longo do nosso caminho? 
Pixabay (AlbanyColley)
Hoje vamos falar de dois dos principais baralhos utilizados no Mundo do Tarot: O Baralho de Thoth e o Baralho de Rider-Waite. Ambos são parecidos e são parte do Tarot mas, ao mesmo tempo, têm as suas diferenças e influenciam a forma como outros baralhos são criados. Os nomes das cartas neste artigo são referidas em inglês dado esta ser a língua de origem de ambos os baralhos.

Comecemos por falar do Baralho de Rider-Waite, por ser o mais antigo:

Este baralho foi publicado pela primeira vez em 1910 e é um dos baralhos mais conhecidos sendo que o seu formato e sistema são utilizados para a criação de muitos outros baralhos como o Pagan Tarot, Universal Tarot, Vikings Tarot, etc. Este baralho também é conhecido como Rider-Waite-Smith (às vezes é utilizado o diminuitivo RWS), Waite-Smith ou apenas baralho Rider. As cartas foram desenhadas pela ilustradora Pamela Colman Smith a partir das instruções do místico A. E. Waite (membro da Golden Dawn). Juntamente com o baralho, Waite também criou o livro "Pictorial Key to the Tarot" um livro-guia para este baralho e utilizado como orientação por muitos praticantes. Segundo se diz a inspiração para este baralho veio, em parte, do Sola-Busca Tarot (Norte de Itália em 1491), o único baralho conhecido até à data.

As cartas do Rider Waite, apesar de simples, estão carregadas com simbolismo em pequenos detalhes e, principalmente, no fundo da imagem. Alguns nomes das cartas foram mudados do que era utilizado até então ("Pope" passou a "Hierophant" e "Papess" mudou para "High Priestess") sendo essa uma característica deste baralho. A sua arte e simbolos foram inspirados principalmente pelo trabalho de de Eliphas Levi, um ocultista famoso por pelo seu trabalho com a magia cerimonial e autor de livros como "Dogma e Ritual de Alta Magia".

Os Arcanos Maiores seguem os nomes tipicamente conhecidos como:


E os Arcanos Menores encontram-se divididos em quatro Naipes: Wands, Pentacles, Cups e Swords sendo que as suas respetivas cartas têm os nomes associados ao naipe a que pertencem como "Three of Wands", "Page of Pentacles", "Queen of Cups" e "Six of Swords".

Seguem algumas imagens do baralho de Rider Waite:


Falemos agora do Baralho de Thoth:

Este baralho foi criado entre o período de 1938 e 1943 por Aleister Crowley (um ocultista inglês famoso por ter sido o autor de livros como "The Book of Law" e ter sido o fundador da Thelema e, à semelhança de A. E. Waite também membro da Golden Dawn). Este baralho foi pintado por Lady Frieda Harris, a pedido de Crowley, e o próprio ocultista referia-se a ele como "O Livro de Thoth" tendo até escrito um livro com esse título com o propósito de ser usado juntamente com o baralho.

Uma das principais diferenças entre o Baralho de Rider Waite e o Baralho de Thoth é que no Baralho de Thoth a Justiça é a carta número 8 e a Força é a número 11 enquanto no Rider-Waite estas posições são invertidas. Esta é umas das características que influencia a forma como o tarot é lançado (dado que a carta que vem a seguir à Roda representa a forma como o Karma é visto e isto varia dependendo da carta que vem a seguir) e também porque é uma diferença visual bastante grande e que tem impacto na forma como o praticante lida com o baralho. Falemos de outras diferenças entre os dois baralhos, como por exemplo, o nome de algumas cartas:


Também a nível do título dos naipes existem algumas diferenças entre os dois tipos de baralhos:


A nível dos Arcanos Menores existem diferenças principalmente na forma como os mesmos são nomeados. Enquanto nos baralhos que sigam as estrutura de Rider-Waite e no próprio Rider Waite os Arcanos menores são sempre nomeados face ao Naipe a que pertencem (como referido em cima) no baralho de Thoth o mesmo não acontecem. Como podem verificar na tabela em baixo existem diferenças entre as formas de nomear os arcanos menores e até no nome dos próprios naipes:

  • Wands

  • Cups

  • Swords

  • Disks (o equivalente a Pentacles)

Seguem algumas imagens de cartas do Baralho de Thoth:



Qual Escolher?
Bem, para começar, nem é obrigatório escolher! Qualquer praticante pode ter mais do que um baralho e usá-los para cada uso que pretender. Porém quando estamos a começar eu creio que o mais fácil a ser utilizado será o de Rider-Waite pois é mais claro e mais prático. As coisas estão definidas, o livro que o acompanha é simples e claro e cada carta tem a sua correspondência prática sendo que o próprio livro pode ser usando durante as consultas até se adaptar. Ao invés de que o Tarot de Thoth será mais adequado a um praticante mais avançado pois implica um conhecimento mais profundo e mais intuitivo.

Claro que há muito mais a dizer sobre cada Baralho, ambos são complexos e detalhados. Cada carta tem o seu significado e esse significado varia de baralho para baralho, até em baralhos que sejam baseados no Rider Waite ou no Thoth. Aconselho sempre a lerem bastantes livros sobre os Baralhos principalmente se o Baralho que usam tem um livro associado (como é o caso de ambos estes baralhos). Ler e praticar, criar ligação com o baralho através de meditações e de muito uso é o melhor a fazer para garantir que a técnica é bem desenvolvida e que aprendemos e estabelecemos ligação com o nosso baralho pessoal. Afinal de contas é essa ligação que será a chave para o que o Tarot nos tem para ensinar.
Pixabay (MiraCosic)

O tarot é um conjunto de 78 cartas, constituídas por 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores. Existem diversos baralhos com diferentes designs e estilos, existem os tradicionais, modernos, etc. A escolha do baralho depende do praticante. Se seguir alguma corrente especifica de Tarot ou de trabalho Mágico poderá ter de utilizar um baralho específico para o seu trabalho mas, enquanto solitário, poderá utilizar qualquer baralho. Aconselho sempre a que seja escolhido o baralho com o qual tem mais ligação, que mais atraí. Não escolha apenas porque é bonito ou barato ou caro, escolha algo que fale consigo, que estabeleça uma ligação. Esse será o melhor baralho para trabalhar.

A forma de lançamento também poderá variar dependendo dos métodos utilizados (há quem utilize as cartas invertidas, quem use apenas os arcanos maiores, quem use só os arcanos menores, etc). O método e a forma a usar será uma questão de tentativa e erro até encontrar aquilo com o qual se identifica e que faz sentido para si.
Comecemos pelas cartas. Um baralho de Tarot costuma ter 78 cartas (22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores). Os Arcanos Maiores são:

0 - O Louco
1 - O Mago
2 - A Sacerdotisa
3 - A Imperatriz
4 - O Imperador
5 - O Hierofante
6 - Os Enamorados
7 - O Carro
8 - A Força
9 - O Eremita
10 - A Roda da Fortuna
11 - A Justiça
12 - O Enforcado
13 - A Morte
14 - A Temperança
15 - O Diabo
16 - A Torre
17 - A Estrela
18 - A Lua
19 - O Sol
20 - O Julgamento
21 - O Mundo

Nota: Nos baralhos baseados no Baralho de Tarot Waite a Justiça e a Força são invertidas sendo que nos métodos mais antigos (associados à tradição de Thoth) a Justiça ocupa o lugar número 8 e a Força ocupa o lugar número 11. A diferença reside nas duas escolas de Tarot baseada no Baralho de Thoth e a baseada no Baralho de Waite.

Os Arcanos menores são constituídos por 56 cartas divididas entre quatro naipes: Paus/Bastões, Espadas, Copas/Cálices e Ouros/Pentáculos, conforme mostra o quadro abaixo:


O nome de algumas cartas dos arcanos menores, tal como o nome dos naipes, poderá ser adaptado de baralho para baralho. Alguns baralhos utilizam nomes mais pagãos como Elders e Iniciates para algumas das cartas.
Um ponto importante a ter em consideração durante o estudo do Tarot é a diferença entre várias artes semelhantes ao Tarot mas que não são Tarot tal como os Oráculos, Baralhos dos Anjos e Lenormand. Abaixo uma breve definição de cada um destes métodos que, posteriormente, terá direito a um artigo próprio no nosso site:

  • Tarot: Um tarot tem a estrutura específica de 72 duas cartas divididas entre Arcanos Maiores e Arcanos Menores. É possível os nomes das cartas dos Arcanos Menores (e até maiores) serem mudados ao gosto do artista porém a estrutura mantém-se a mesma tal como os significados e mensagens.
  • Oráculos: Um baralho de oráculo é algo muito mais fluído e que pode depender do próprio artista. Existem baralhos de oráculos com 52 cartas, com 68 cartas, etc. Por norma os mesmos vêem acompanhados de livros e manuais que auxiliam o praticante a entender o significado de cada carta.
  • Baralhos de Anjos: Tal como os oráculos, os Baralhos de Anjos dependem do próprio criador (sendo que os mais famosos são os da Doreen Virtue) e o seu significado irá depender também do próprio artista, costumando vir acompanhados de um pequeno livro de instruções. É um método mais voltado para mensagens de apoio e de orientação e não tanto voltado para a vertente divinatória.
  • Lenormand: Este é um método em que os baralhos são constituídos por 36 cartas com imagens simples e com significados muito específicos (o oposto do Tarot, cujas cartas deixam um pouco à corrente de quem está a ler e são adaptáveis a cada situação). É um método específico e com aprendizagem diferente do Tarot normal.
Ao longo das próximas semanas iremos disponibilizar artigos referentes aos seguintes temas:

  • O Baralho de Thoth vs O Baralho de Rider-Waite
  • A História do Tarot
  • Como Escolher um Baralho
  • Métodos de Lançamento de Tarot
  • Os Arcanos Maiores (incluindo um artigo para cada arcano maior)
  • Os Arcanos Menores (incluido um artigo para cada naipe de arcano menor)

Estejam atentos e não percam esta série de artigos fascinantes!
Pixabay (babawawa)

Ora bem a Bruxaria de Cozinha ou Magia de Cozinha é algo fantástico e que pode ser utilizada de diversas maneiras. Basicamente uma Bruxa de Cozinha utiliza a cozinha como seu ponto fulcral de trabalho. Algumas coisas que podem ser feitas como Bruxa de Cozinha será, por exemplo, ter um altar na cozinha. Um pequeno altar, com coisas que podem ser facilmente movidas. Talvez uma estatua ou figura de uma divindade relacionada com o Lar (O Lar acaba por ser uma parte fulcral da Bruxaria de Cozinha), um caldeirão, uma vela. Ou até algo artesanal, feito pelo próprio praticante. Bruxaria de Cozinha é muito de "por mãos à obra", inovar, criar novas coisas com o pouco que há à disposição. É também uma forma de magia muito simples ou Baixa Magia como também é considerada, pois não requer rituais complexos mas sim pequenas magias eficazes. É uma prática excelente para ter em paralelo a uma prática mais complexa, para quem preferir. Ou, para quem gostar mais de coisas simples, para ser o único caminho a traçar.

Uma das principais mais-valias de uma Bruxa de Cozinha são ervas e plantas! Se tiver possibilidade pode até plantar as suas próprias plantas, cuidar delas e colher as suas ervas delas mesmo (respeitando os ciclos naturais das plantas e até beneficiando das correspondências astrológicas se preferir!) para usar nos seus pratos ou nos seus feitiços. Pode colocá-las em jarros ou penduradas a secar por cima da cozinha. Evite colocá-las em luz directa do Sol ou demasiado perto do forno ou fogão, para não secarem demasiado e perderem as suas propriedades. Vegetais também são excelentes! Não só porque são muito saudáveis para uma dieta equilibrada mas também porque são originários da própria Natureza, tornando-os bons aliados.

A cozinha de uma Bruxa de Cozinha funciona como um pequeno templo. Deverá ser organizado (à maneira do próprio praticante, o que interessa é que o praticante se organize. O que parece desorganizado para uns é a organização de outros!) e limpo. Deve ser um espaço respeitado e deverá garantir que as energias presentes no local são positivas e de acordo com o seu trabalho (evite discussões ou conflitos naquela zona da casa). Pode até investigar um pouco sobre Feng Shui ou outras técnicas de harmonização de espaços para auxiliar a manter um espaço equilibrado energeticamente.

A decoração, apesar de secundária, pode ser essencial. Decore o espaço como preferir. Se adorar frascos (como eu!) arranje vários para as suas ervas, sementes, alimentos, etc e coloque-os numa estante onde consiga ter acesso e, ao mesmo tempo, fiquem de acordo com o seu gosto. Pinte as paredes ou os móveis de cores cujas propriedades estejam alinhadas com o seu trabalho e objectivo e que, ao mesmo tempo, sejam cores que goste e nas quais se sinta confortável. Algumas recomendações, a nível de cor, são cores associadas à Terra como castanhos, laranjas, amarelos, verdes, etc. Pendure quadros, ervas, estátuas, velas, incensos, etc. Tudo o que gostar no seu espaço de trabalho e que ajude a realizar as suas tarefas (mágicas e não mágicas).

Outro ponto importante na prática de uma Bruxa de Cozinha é o livro de Receitas! Para além do seu Livro das Sombras, onde já aponta normalmente todas as informações referente à sua prática mágica, é sempre recomendável ter um livro à parte para as suas receitas (quer alimentar quer mágicas). Os seus testes com poções e ervas ou com comidas enfeitiçadas, as receitas de óleos, incensos, chás, sumos, etc. Organize as suas experiências marcando o que funcionou e o que falhou (e porque falhou, como melhorar, etc.). Manter um registo é essencial para qualquer Bruxo de forma a que possa não só assistir à sua evolução mas também para ter mais fácil acesso a rituais, feitiços ou qualquer coisa que tenha feito no passado.

Depois, o mais essencial de tudo, pratique. Utilize a Magia da Cozinha no seu dia-a-dia, experimente, teste, descubra! Utilize ervas e as suas propriedades mágicas nos seus pratos, quando misturar bebidas (chá, chocolate quente, sumo natural, etc.) ou até panelas de comida misture sempre na direcção que irá ajudar mais para o objectivo (p. ex: um chá para ajudar a banir uma doença poderá misturar contra os ponteiros do relógio mas uns bolinhos para trazer prosperidade e alegria já pode mexer no sentido dos ponteiros do relógio). Se estiver a cozinhar com óleo ou azeite pode desenhar sigilos. Pode desenhar sigilos nos condimentos das sandes que leva para o trabalho ou que os seus filhos levam para a escola. Quando cozinhar pão ou bolachas pode adicionar ervas que correspondam às suas necessidades mágicas. Pode utilizar o mel para auxiliar a melhorar relações pessoais com familiares ou amigos. Existem imensas formas de aplicar a Magia de Cozinha na sua prática e todas elas são deliciosas de por em prática (em ambos os sentidos!).

Apesar de ser uma forma de Magia muito prática e simples (e, por esse motivo, às vezes é olhada de lado) é uma forma de Magia totalmente válida. Aconselho todos os interessados a experimentar e testar algumas receitas. De vez em quando colocamos várias receitas aqui no blogue, basta clicar no tema de Receitas. Pode também pesquisar online, existem imensos websites (principalmente em inglês) dedicados à Bruxaria de Cozinha (Kitchen Witchcraft), acima de tudo, no Tumblr existem imensos blogues dedicados a este ramo da Bruxaria.

Inove, experimente, teste, descubra! Quem sabe até vai gostar? :)


A Pagan Federation International ou a Federação Pagã Internacional é uma organização dividida por diversos países/continentes que serve para juntar os pagãos.

A Federação Pagã tem 30 Coordenadores regionais na Grã-Bretanha e Coordenadores Nacionais em 26 países diferentes. Esta organização é responsável por eventos, possui revistas e e-zines que são distribuídas aos membros e permite aos membros ter acesso a rituais em grupo, palestras, workshops e muitos outros eventos nos respectivos países. A PFI existe desde o ano de 1971 e tem vindo a publicar diversos jornais (ex: The Pagan Dawn e The Wiccan) desde 1969, sendo que é uma das mais antigas organizações europeias relacionadas com o Paganismo. Tem como objectivo unir pagãos de forma a que possa existir uma troca de opiniões e ideias e uma melhor união das comunidades pagãs.

A Federação Pagã não representa somente um caminho do Paganismo, tenta representar todos os caminhos existentes, estando aberta a qualquer pessoa maior de idade. De forma a unificar a PFI, porém, existem três pilares que devem ser comuns a todos os membros da organização, sendo estes:
  1. Amor para e afinidade com a Natureza. Reverência para com a força vital e seus ciclos de vida e morte em eterna renovação.
  2. Uma moralidade positiva, segundo a qual o indivíduo é responsável pela descoberta e evolução de sua verdadeira natureza, em harmonia com o mundo externo e a comunidade. Isso é muitas vezes expresso como: "Faz o que tu queres, contanto que não prejudiques ninguém".
  3. Reconhecimento do Divino, o qual transcende género, com aceitação tanto o aspecto feminino quanto o aspecto masculino da Divindade.
Para quem não se quer afiliar existe ainda o Fórum da Pagan Federation International que aceita novos membros, incluindo membros que não fazem parte da Federação.

***

PFI - Associação Cultural Pagã (Portugal)

Para pertencer à PFI-Portugal é necessário concordar com os três pilares acima indicados, considerar-se pagão/pagã e ser maior de idade. A quota anual para ser membro da PFI é de 15€. Verifiquem os benefícios de serem membros da PFI em Portugal no site oficial da organização.

Conforme indica no site da Associação Cultural Pagã: "Os Pagãos que tenham interesse em fazer parte da PFI-Portugal, deverão escrever um email para pfipt@sapo.pt, sobre as suas experiências e interesses no Paganismo, podendo comentar sobre como descobriu a sua condição de pagão, livros lidos, e que vertente do Paganismo mais lhe interessa ou pratica. Saliente-se que Pagãos pouco experientes ou já praticantes serão recebidos da mesma forma. Após a recepção do seu email, e caso seja aceite, poderá fazer uma entrevista na PFI-Portugal, em Lisboa, onde procederá à inscrição e pagamento da anuidade." No caso de não viver perto ou em Lisboa, poderá depois verificar junto da Associação formas de concluir a sua inscrição.

Podem encontrar a PFI-Portugal nas redes sociais em Facebook e no seu site oficial em PFI - Portugal.

***

Referente ao Brasil e Países da América do Sul não existe, de momento, nenhuma filial da Federação Pagã, conforme é possível confirmar no site oficial da Pagan Federation International. Aconselhamos a consulta frequente no site oficial da PFI para confirmar o surgimento de uma associação sul-americana.

Pixabay (Alexas_Fotos)
Muitos já conhecem o conceito de Mercúrio Retrógrado mas, para quem não conhece ou quem pretende saber mais sobre, vamos investigar. Mercúrio Retrógrado é um dos fenómenos astrológicos mais conhecidos a nível mundial. Não só devido a ser famoso na Internet mas também por ser aquele fenómeno que mais afecta a população em geral. Vamos conferir as datas deste evento nos próximos três anos: 



Mas o que significa o Mercúrio Retrógrado? E o planeta fica mesmo a andar para trás? Não, nada disso. Trata-se de uma ilusão e apenas nos parece que ele está a andar de forma revertida. Esta ilusão dura aproximadamente três semanas e meia e acontece cerca de duas ou três vezes por ano, dependendo. Isto porque a órbita de Mercúrio em torno do Sol é menor do que a da Terra, dado que o planeta se encontra mais próximo da nossa estrela.  

Mercúrio é o planeta que rege toda a comunicação (falar, ouvir, escrever, etc.) e também a aprendizagem, negociações, vender/comprar, pesquisas, edições, etc. Rege também os contratos formais e acordos tal como tudo quanto seja documentação importante. Podemos ainda atribuir a Mercúrio a regência em todos os tipos de códigos (incluindo computador!) e transportes e viagens. 
Então em que afecta o Mercúrio Retrógrado? Digamos que é como se Mercúrio tivesse tirado umas férias e adormecesse, deixando à sua própria mercê todos os campos que ele rege. Isto pode gerar um pouco de confusão e é sempre aconselhada cautela! Dependendo de cada signo que está em vigor na altura do Retrógrado as áreas afectadas podem variar, aconselho (em inglês) o site DarkAstrology onde podem verificar detalhes pormenorizados de cada Mercúrio Retrógrado especificamente, para saber o que fazer ou não fazer. 

Em geral aconselha-se que durante este período se evite grandes viagens ou celebração de grandes acordos ou contratos (arrendamentos, negócios, etc.). É de evitar começar negócios, websites, projectos e semelhantes durante esta altura, dado que será difícil obter a estabilidade para tal. Contratar novas pessoas para empregos é também complicado nesta altura, dado que a comunicação poderá ser mais complicada e, após Mercúrio Retrógrado, poderão haver surpresas desagradáveis. Toda a cautela e cuidado, durante este período, é essencial! Claro que se for algo impossível de adiar deve ser feito e não vamos parar a vida apenas porque Mercúrio está em Retrógrado. Se possível evitar, óptimo. Caso contrário garanta apenas que foram tomadas todas as precauções possíveis: veja os pneus duas vezes, confira o óleo, confira o pneu suplente, garanta que o check-up do carro ou meio de transporte foi feito, leia e re-leia documentos, planeie cuidadosamente a sua viagem mas conte sempre com um plano B ou C em caso de não correr como inicialmente pensou, marque bem a sua bagagem para garantir que não a perde, leve entretenimento caso hajam atrasos dos aviões no aeroporto, etc. 
Outro ponto sensível durante este período é todo o tipo de comunicações, inclusive familiares! Poderá haver espaço para maiores discussões, coisas que não são bem compreendidas e desacordos. Tente evitar falar de tópicos sensíveis pois há muito espaço para discussões durante Mercúrio Retrógrado e, acima de tudo, pense muito bem antes de falar seja o que for!  

Também as novas tecnologias são afectadas por este momento retrógrado, principalmente os computadores que são fontes de comunicação. É aconselhável ser feito um backup antes de Mercúrio Retrógrado ou pelo menos garantir que está tudo correcto e que não haverão surpresas desagradáveis. Evite trabalhar com códigos e fazer grandes alterações a nível informático, a menos que seja expressamente obrigatório. Se possível evite também grandes compras (carros, jóias, casas, etc.). É sempre melhor esperar que este período passe pois tudo se torna mais claro e evita surpresas desagradáveis no futuro!  

Esta é também uma altura propensa a perder coisas por isso, se possível, coloque etiquetas ou garanta que caso alguém encontre o que você perdeu (óculos, chaves, telemóvel, computador, etc) que conseguem encontrá-lo para devolver! 

Mas existem excepções à regra! Mercúrio Retrógrado tem como regra normal "Não tomar grandes decisões durante este período" mas há alturas em que tomar estas decisões não trará problema nenhum, principalmente se forem coisas relacionadas com o passado (viajar para casa de infância, voltar a trabalhar com um patrão antigo, selar negócio com um cliente habitual, etc.) podem ser feitas em Mercúrio Retrógrado, normalmente.

Mas este período não é tão linear como aquela tabela nos mostra. Aquela tabela mostra-nos o "pico" de cada período retrógrado mas duas semanas temos o chamado "Período Sombra" ou "Shadow Period" em que apesar de Mercúrio ainda não estar em Retrógrado a sua energia já se sente e, como tal, são alturas para ainda ter cuidado nas nossas acções. O mesmo acontece duas semanas após terminar a data assinada na tabela em cima. Deixar sempre passar algum tempo após o dia de terminar é aconselhável. 

O passado tem também tendência a voltar durante esta altura. Podem ser amigos com quem não falava à bastante tempo, ex-namorados, ex-patrão, etc. É também uma excelente altura para pensar e organizar os nossos pensamentos e preparar para tomar acções quando este período terminar. Outras coisas aconselháveis durante este período são organizar armários e quartos, dar roupa para doação, reparar coisas antigas em casa, redecorar, etc. 

Por fim... Não considere que Mercúrio Retrógrado só lhe trará coisas más! É apenas um período de maior introspecção e de ter calma e cuidado nas decisões, evitando algumas coisas e dando destaque a outras. Aproveite ao máximo este período para se renovar a sí mesmo/a. 

Este artigo não tem como objetivo tratar os aspectos mais profundos do Paganismo, e sim dar uma visão geral e limpa do que se trata o assunto para os leigos e até para os experientes.    
  • O significado / Etimologia
[Do lat. paganus, ‘pagão’, + -ismo.]
Substantivo masculino.
1.O conjunto dos que não foram batizados.
Dicionário Aurélio

A origem do termo pagão, propriamente dito, surgiu no final do Império Romano. Os hebreus mantinham uma nítida divisão entre o povo escolhido de Deus (os Judeus) e os gentios (Pagãos), o povo que não conhecia Yahweh e não vivia de acordo com as regras impostas pelo Torah.
  • As práticas
O Paganismo, ao contrário do que muitos pensam, não é uma religião e sim um conjunto de religiões de aspecto não judaico-cristão (principalmente as européias pré-cristãs), como foi citado acima. Exatamente pelo Paganismo abranger muitas culturas em várias épocas (remontando eras pré-históricas), fica difícil traçar um comum entre suas práticas e cultos. Entretanto, umas das características presentes na maioria dessas religiões são: O politeísmo1 (em algumas o dualismo ), o animismo2 e o panteísmo3. Vale salientar que o Paganismo de nada tem em comum com as práticas satânicas e/ou luciferianas, visto que essas práticas são advindas da judáico-cristã. O paganismo, atualmente, é dividido em duas fases:  Paleopaganismo e Neopaganismo. Segue abaixo a sua descrição de acordo com a Wikipédia:

Paleopaganismo: Incluem-se neste conceito as religiões do antigo Egito, do mundo grego-romano da Antiguidade Clássica, a antiga religião dos celtas (Druidismo), a religião Norse ou mitologia nórdica, Mitraísmo, bem como as religiões das populações Nativo-americanos, como a religião Asteca, etc.
Neopaganismo:
Crenças e práticas religiosas de grupos de pessoas que na atualidade pretendem ligar-se à Natureza através da recuperação das antigas religiões pagãs.  
  • O Neopaganismo
Neopaganismo é o nome do movimento reconstrucionista das antigas crenças pagãs nos tempos atuais. Um dos ícones mais marcantes do Neopaganismo é, sem dúvidas, Gerald Gardner que criou, na década de 50, a Wicca; que seria a reconstrução moderna da Bruxaria.
  • Mal-entendidos na rede
Existem muitos mal-entendidos acerca do Paganismo em diversos sites e blogs espalhados pela rede. Um deles é a afirmação de que o Paganismo é uma religião Matriarcal e focada na Deusa, quando na verdade não é. Foi dito acima que o Paganismo é um conjunto de religiões e culturas. Culturas que nem sempre eram Matriarcais e que nem sempre eram Patriarcais, o que torna essa generalização errônea. Precisamos entender que o Matriarcalismo e o Patriarcalismo são fatores sócio-culturais bastante voláteis numa visão ampla e histórica, portanto, muitas religiões pagãs foram tanto patriarcais quanto matriarcais. Essa confusão se deve ao fato do Neo-Paganismo e sua mais influente e difundida vertente, a Wicca, ser matriarcal e focada no aspecto feminino da Deidade; portanto, muitas informações são generalizadas na rede.

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[1]Politeísmo: (do grego: Poli, muitos, Théos, deus: muitos deuses) consiste na crença em mais do que uma divindade de gênero masculino, feminino ou indefinido, sendo que cada uma é considerada uma entidade individual e independente com uma personalidade e vontade próprias, governando sobre diversas atividades, áreas, objetos, instituições, elementos naturais e mesmo relações humanas. Ainda em relação às suas esferas de influência, de notar que nem sempre estas se encontram claramente diferenciadas, podendo naturalmente haver uma sobreposição de funções de várias divindades.
[2]Animismo: (...) a manifestação religiosa imanente a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite); é um princípio vital e pessoal, chamado de "ânima" (...)
[3]Panteísmo: “É uma doutrina que identifica o universo (em grego: pan,tudo) com Deus (em grego: theos).”  
  • Links relacionados
Academia Brasileira de Wicca: HTTP://www.abrawicca.com.br
Druidismo Brasil: HTTP://www.druidismo.com.br
Asatru Vanatru Forn Sed Brasil: HTTP://www.fornsed-brasil.org
Mitologia Geral: HTTP://www.rosanevolpatto.trd.br

Wicca – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Wicca
Gerald Gardner – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Gerald_Gardner
Neopaganismo – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Neopaganismo
  • Fontes
Paganismo – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Paganismo
Enciclopédia Britânica Dicionário Aurélio
Politeísmo – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Politeísmo
Animismo – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Animismo
Panteísmo – Wikipédia: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Panteísmo

Artigo escrito por Marcos Aiala

A Roda do Ano é o conjunto das celebrações Wiccanas sendo constituída por oito festivais: dois solstícios (Yule e Litha), dois equinócios (Mabon e Ostara) e quatro Sabbats maiores (Samhain, Imbolc, Beltane, Lughnassadh). A Roda do Ano está directamente relacionada com as passagens das estações e, dado que as estações são diferentes do Hemisfério Sul para o Norte, surgiu a necessidade aos praticantes do Hemisfério Sul de adaptarem a Roda do Ano.

Este artigo irá abordar exactamente isso, as diferenças entre a Roda do Ano do Sul, a Roda do Ano do Norte e até a Roda do Ano Mista. Vamos primeiro conceito a conceito.

O que é a Roda do Ano do Norte? A Roda do Ano do Norte é a Roda do Ano original e conta com oito festivais começando em Samhain:

Samhain: 31 de Outubro
Yule: 21/22/23 de Dezembro (Solstício de Inverno)
Imbolc: 1 de Fevereiro
Ostara: 21/22/23 de Março (Equinócio de Primavera)
Beltane: 1 de Maio
Litha: 21/22/23 de Junho (Solstício de Verão)
Lughnassadh: 1 de Agosto
Mabon: 21/22/23 de Setembro (Equinócio de Outono)

Quando chega a Mabon, a Roda recomeça. Esta é a Roda do Ano original e praticada no Hemisfério Norte.

Porém o Equinócio de Primavera não é em Março no Hemisfério Sul, em Março é sim o Equinócio de Outono, o que faz com que não seja pratico estar a celebrar o começo da Primavera e a vinda da vivacidade e da fertilidade quando as folhas estão a cair lá fora. Um dos objectivos da Roda do Ano é, também, sincronizar-nos com a Natureza e com a passagem das estações.
Assim sendo houve a necessidade de adaptar a Roda do Ano para o Hemisfério Sul, tendo nascido a Roda do Ano do Sul:

Samhain: 1 de Maio
Yule: 21/22/23 de Junho (Solstício de Inverno)
Imbolc: 1 de Agosto
Ostara: 21/22/23 de Setembro (Equinócio de Primavera)
Beltane: 31 de Outubro
Litha: 21/22/23 de Dezembro (Solstício de Verão)
Lughnassadh: 1 de Fevereiro
Mabon: 21/22/23 de Março (Equinócio de Outono)

Esta Roda do Ano possui exactamente os mesmos festivais que a Roda do Ano do Norte porém as datas foram alteradas para que coincidam com as alterações da Natureza no Hemisfério Sul. E, tal como a Roda do Ano do Norte, ao chegar a Mabon a Roda volta a começar em Samhain, sem parar.
Este é um dos modelos praticados por vários Wiccanos no Brasil e noutros países que pertençam ao Hemisfério Sul.

Mas existe ainda outra variante da Roda do Ano Sul, em que os Sabbats Maiores mantêm as suas datas originais devido à sua égregora, ficando algo assim:

Samhain: 31 de Outubro
Imbolc: 1 de Fevereiro
Beltane: 1 de Maio
Lughnassadh: 1 de Agosto
e
Yule: 21/22/23 de Junho (Solstício de Inverno)
Ostara: 21/22/23 de Setembro (Equinócio de Primavera)
Litha: 21/22/23 de Dezembro (Solstício de Verão)
Mabon: 21/22/23 de Março (Equinócio de Outono)

Este formato da Roda do Ano pode ser um pouco mais complicado de trabalhar pois estaremos saltando do Equinócio da Primavera em que, na Wicca, o Deus está crescendo para Samhain em que Deus está morto. Porém existem muitos praticantes que, devido às egrégoras associadas aos Sabbats Maiores, preferem manter as datas originais dos festivais maiores e moldar apenas os festivais menores às estações do Hemisfério Sul.

Para além destas datas ainda temos as datas astrológicas de cada Sabbat, aquele momento e que o pico de energia do próprio Sabbat se encontra mais forte, sendo essas as datas (para o Hemisfério Norte):

Samhain: Sol a 15º de Escorpião
Yule: Sol a 0º de Capricórnio
Imbolc: Sol a 15º de Aquário
Ostara: Sol a 0º de Áries/Carneiro
Beltane: Sol a 0º de Touro
Litha: Sol a 0º de Câncer/Caranguejo
Lughnassadh: Sol a 15º de Leão
Mabon: Sol a 0º de Libra/Balança

Existem várias formas de praticar a Roda do Ano e existem defensores de todas elas. Qual você deve usar? Ora a que preferir, achar que se enquadra mais com a sua prática e com o local onde se encontra. Deverá também respeitar as práticas do seu grupo ou coven (caso tenha). A Roda do Ano é o conjunto das principais celebrações wiccanas e é muito importante. Deverá ser sempre vista e tratada com muito respeito e, sempre que possível, cumprida da melhor forma.

Outro conselho que posso dar, principalmente para quem vive em locais que não têm as estações definidas e é solitário (pois quando em grupo deverá sempre respeitar e cumprir as práticas do seu grupo) será a adaptação da Roda e da sua prática para o local de residência. Imaginemos, por exemplo, que na sua cidade não neva. Não fará sentido estar a celebrar, em Imbolc, o derretimento das neves. Mas pode celebrar outros factores do tempo na sua residência como a chuva, o nascer dos rebentos das plantas, etc. Tenha atenção ao tempo e às mudanças naturais do clima e da natureza em seu redor, no local onde mora. Foque-se nessas alterações ao celebrar a sua Roda para garantir que existe uma sincronização entre si e a Natureza. Aproveite ao máximo o que a Natureza lhe dá!

Ao longo da Roda do Ano, aqui no blogue, será sempre publicado um artigo sobre o próprio festival e desenvolvendo o mesmo. O blogue segue a Roda do Ano do Norte, dado estar sediado em Portugal mas pode sempre ir ao menu e seleccionar festivais e encontra todos os artigos relacionados com a Roda do Ano e outras celebrações.
Unsplash (Chris Lawton)

Na Wicca existem oito principais celebrações que são denominadas de Roda do Ano. Estas celebrações seguem o percurso das estações do ano e as mudanças da Natureza ao longo de um ano.

A Roda do Ano começa, tipicamente em Yule (Solstício de Inverno) e termina em Samhain (dia 31 de Outubro). Para além das estações do ano, a Roda do Ano simboliza também uma história, a história da Deusa e do Deus da Wicca.

Em Yule o Deus nasce como a Criança da Promessa e a Deusa está na sua fase de Mãe, este momento equivale ao Solstício de Inverno em que o Sol chega ao seu ponto mais baixo e se prepara para subir nos céus novamente (existe também a história do Rei Carvalho e o Rei Azevinho). No Sabbat seguinte, que se chama de Imbolc, o Sol começa a subir mais alto no céu e as noites começam a ser mais curtas, porém, o tempo ainda está escuro. Aqui, o Deus está a crescer lentamente.

Em Ostara, o Deus já é uma criança e a Deusa está agora também como Donzela acompanhando o Deus. O dia e a noite são iguais e chegamos ao momento de equilíbrio. Em Beltaine dá-se o Grande Casamento entre a Deusa e o Deus e este consumam o seu relacionamento, trazendo fertilidade ao Mundo. É o pico da Primavera, o pico da fertilidade.

Já em Litha, o Deus e a Deusa atingem a sua maturidade e o Sol encontra-se na sua plenitude. O Solstício de Verão equivale à altura do ano em que o Sol se encontra no seu ponto mais alto e o dia é o mais longo do ano. A partir deste momento, o Deus inicia o seu percurso até morrer em Samhain.

Lughnassadh e Mabon são os dois principais rituais das colheitas. Nesta época inicia-se a colheita dos cereais e do que foi plantado ao longo da Roda. O Deus envelhece, o Sol começa a descer e a Deusa acompanha este percurso. Em Mabon atinge-se novamente o equilibrio e o dia é igual a noite. A morte do Deus está próxima.

Em Samhain, a Roda acaba, para começar novamente no Sabbat seguinte. O Deus morre e a Deusa desce ao Submundo, para encarnar na face de Anciã. O Inverno chegou.

No Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul, a Roda do Ano encontra-se (para muitos praticantes, sendo este um tema bastante sensível) invertida. Muitos praticantes optam por inverter as datas da Roda do Ano, de forma a que coincida não com as datas tradicionais mas sim com as estações do ano.

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